No Dia de Hoje – 28 de dezembro

Daniella foi assassinada pelo colega de trabalho Guilherme, em 1992 (Foto: Reprodução/Internet)

No dia 28 de dezembro de 1992, morria a atriz e bailarina Daniella Ferrante Perez Gazolla, mais conhecida como Daniella Perez, filha da autora de telenovelas Gloria Perez. Ela nasceu no Rio de Janeiro no dia 11 de agosto de 1970, filha da escritora e de Luiz Carlos Saupiquet Perez, que posteriormente tiveram mais dois filhos, Rodrigo, nascido em 1973 e Rafael nascido em 1975.

Daniella sempre teve sua vida ligada à arte. Com apenas cinco anos, ensaiava seus primeiros passos na dança. Mais tarde surgiu o convite para dançar profissionalmente em uma das melhores companhias de dança do Rio de Janeiro, a “Vacilou, dançou” da coreógrafa Carlota Portella.

Dany, como era chamada entre os amigos, conheceu seu marido Raul Gazolla em sua primeira participação para a TV, fazendo o papel de uma dançarina de tango na novela Kananga do Japão da Rede Manchete. Em 1990, Dany e Raul se casaram oficialmente. No mesmo ano, o grupo de Daniella é chamado a convite da Rede Globo para serem dançarinos na novela Barriga de Aluguel onde quem assinava o texto era a mãe da atriz, Gloria Perez.

Daniella fez um teste individual e acabou conseguindo sua primeira personagem chamada Clô, uma bailarina que dançava no Copacabana Café. Devido ao seu carisma e talento, a personagem ganhou espaço na trama e Daniella acabou chamando a atenção de Dennis Carvalho, que lhe convidou para estrear a novela O Dono do Mundo no ano seguinte, fazendo assim o papel de Yara, irmã da protagonista vivida por Gloria Pires.

Mais tarde, já reconhecida pelo grande público, a atriz interpretou a personagem Yasmin, uma jovem que despertava uma admiração do personagem gótico Reginaldo vivido por Eri Johnson que a seguia em todos os lugares. Yasmin era irmã da protagonista vivida por Cristiana Oliveira, na novela De Corpo e Alma, sendo essa, sua última novela. Na ocasião, no início dos anos 90, Daniella foi a melhor candidata ao posto vago de namoradinha do Brasil, anteriormente ocupado por Regina Duarte.

Outro trabalho da atriz foi exibido dia 25 de dezembro de 1992 no Roberto Carlos Especial, uma pequena encenação, na qual Daniella interpretava Maria, mãe de Jesus, ao lado da atriz Cássia Kis Magro e do ator Herson Capri.

Daniella tinha 22 anos quando foi assassinada pelo ex-ator e colega de trabalho Guilherme de Pádua e por sua então esposa Paula Thomaz, que depois mudou o nome para Paula Nogueira Peixoto. O casal emboscou Daniella e a matou com 18 punhaladas, que perfuraram o pescoço, pulmão e coração da atriz. A razão foi a frustração pelas investidas malsucedidas que Guilherme dava na atriz, no intuito de fazê-la convencer sua mãe a aumentar seu papel na novela “De Corpo e Alma”.

Por coincidência, a participação do seu personagem foi reduzida na semana que antecedeu o crime, que o fez acreditar que sua carreira estava sendo prejudicada por Daniella e Gloria. Ele tramaria assim o assassinato da atriz junto com sua mulher, que já alimentava um ciúme doentio das cenas de Daniella e Guilherme juntos. Julgados e condenados por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, os dois cumpriram em regime fechado seis dos dezenove anos a que foram condenados.

A indignação popular que se seguiu a esse episódio resultou na alteração da legislação penal, graças aos esforços da mãe de Daniella, Gloria Perez, que encabeçou uma campanha de assinaturas e conseguiu fazer passar a primeira iniciativa popular de projeto de lei a se tornar lei efetiva (Lei 8.930/94) na história do Brasil. A saída da personagem Yasmin, na novela “De Corpo e Alma”, foi explicada com uma viagem de estudos ao exterior, e o personagem do ator Guilherme de Pádua (o motorista Bira) deixou de existir.

Em março de 2002, o desembargador Paulo Gustavo Horta, determinou que Gloria Perez e Raul Gazolla deveriam receber uma multa indenizatória no valor de 500 salários mínimos ou R$ 480 mil cada um, de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, condenados pelo assassinato de Daniella Perez. A ação foi julgada em segunda instância pela 7ª Câmara Cível do TJRJ.

De acordo com a decisão, os réus ainda foram condenados ao pagamento das despesas com o sepultamento e funeral, na ordem de cinco salários mínimos, além das custas processuais e honorários advocatícios de 10% sobre a condenação. Não obstante, o processo judicial foi adiado por muitos anos.

Depois de Gloria e Raul entrarem novamente na Justiça com essa ação exigindo o pagamento, em 29 de abril de 2016, eles finalmente conseguem vencer na Justiça com o pedido de indenização por danos morais e materiais contra Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.

No entanto, a ação judicial continuou a tramitar e foi arquivada no início de dezembro de 2022. Paula havia sido condenada a pagar uma indenização de R$ 480 mil, mas a Procuradoria de Justiça do Rio de Janeiro julgou que a ré não tinha condições financeiras nem bens a penhorar para cumprir a decisão judicial. Guilherme morreu de infarto em Belo Horizonte, em 6 de novembro de 2022.

Fonte: Wikipedia

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