No Dia de Hoje – 12 de setembro

Vandré foi o autor da canção “Pra Dizer que Não Falei das Flores” (Foto: Reprodução/Internet)

No dia 12 de setembro de 1935, nascia em João Pessoa/PB o cantor e compositor Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, mais conhecido como Geraldo Vandré.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado em 1957 na Universidade do Distrito Federal, pela qual se formou em 1961, quando esta passou a se chamar Universidade do Estado da Guanabara (hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Militante estudantil, participou do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Conheceu Carlos Lyra, que se tornou seu parceiro em canções como “Quem Quiser Encontrar Amor” e “Aruanda”, gravadas por Lyra e por Vandré. Gravou seu primeiro LP, “Geraldo Vandré”, em 1964, com as músicas “Fica Mal com Deus” e “Menino das Laranjas”, entre outras.

Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso da música Disparada (parceria com Théo de Barros), interpretada por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque.

Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção da TV Globo com Pra não Dizer que não Falei de Flores, também conhecida como “Caminhando”. A composição se tornou um hino de resistência do movimento estudantil que fazia oposição à ditadura durante o governo militar, e foi censurada. O refrão “Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer” foi erroneamente interpretado pelos militares como uma chamada à luta armada contra os ditadores, o que levou a sua perseguição política.

No festival, a música ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. A música Sabiá foi vaiada pelo público presente no festival, que bradava exigindo que o prêmio viesse a ser da música de Geraldo Vandré.

Ainda em 1968, com o AI-5 (Ato Institucional 5), Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda de Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, viúva do escritor Guimarães Rosa, falecido no ano anterior (setores da imprensa afirmam que ele também teria sido escondido pelo governador de São Paulo Abreu Sodré no Palácio dos Bandeirantes), o compositor partiu para o Chile, Peru e, de lá, para a Argélia, Alemanha, Grécia, Áustria, Bulgária e França.

Voltou ao Brasil em 1973, onde gravou apresentações para o programa de Flávio Cavalcanti e para o Fantástico, da TV Globo, mas foram censuradas. Até hoje, vive em São Paulo e compõe. Muitos, porém, acreditam que Vandré tenha enlouquecido por causa das torturas que ele teria supostamente sofrido pelo governo militar. Em entrevista concedida no ano de 2010 ao jornalista Geneton Moraes Neto no Clube da Aeronáutica, vestindo uma camiseta da Força Aérea Brasileira, o cantor diz não ter sido torturado.

Fonte: Wikipédia

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