No dia 23 de agosto de 1912, nasceu em Recife, na capital pernambucana, o escritor, jornalista, romancista, teatrólogo e cronista Nelson Rodrigues. Ainda pequeno, mudou-se em 1916 para o Rio de Janeiro. Sua trajetória de vida começou no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues.
Foi repórter policial durante longos anos, o que lhe possibilitou adquirir experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi “A Mulher sem Pecado” (1941), que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com “Vestido de Noiva” (1943), que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação construíam a história da protagonista Alaíde), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro.
Posteriormente, tornou-se o maior dramaturgo brasileiro do século XX, apesar de suas obras terem sido, quando lançadas, tachadas por críticos como “obscenas”, “imorais” e “vulgares”. Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol em obras publicadas postumamente, como “Fla-Flu…e as multidões despertaram (1987), “À sombra das chuteiras imortais – Crônicas de Futebol” (1992) e “A pátria de chuteiras” (2012).
Nos anos 70, consagrado como jornalista e teatrólogo, a saúde de Nélson começa a decair, por causa de problemas gastroenterológicos e cardíacos de que era portador. O jornalista morreu em 21 de dezembro de 1980, aos 68 anos, de complicações cardíacas e respiratórias e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Antes e depois de sua morte, suas obras foram adaptadas para o teatro, cinema e a TV, entre elas “A Vida Como Ela é”, “Engraçadinha” e “O Homem Proibido”.
Fonte: Wikipédia