No próximo sábado, dia 19, o público poderá conhecer o longa metragem feito pela fotógrafa e diretora Bia Peace, e pelo cinegrafista Edgar Freitas, que tem como objetivo provocar reflexões acerca da rotina dos professores e provocar mudanças comportamentais. Em pouco mais de uma hora, o documentário “Dualidades Docentes” falará de ensino, amor, dedicação, violência verbal e falta de respeito, que envolvem a rotina de nove professores que atuam no município de Resende. A obra será lançada a partir das 11 horas, no Cine Show Resende.
Segundo Peace, a ideia de fazer o documentário surgiu em uma sessão de fotos com as profissionais da educação. “Tudo começou com as fotos, fizemos muitas fotos para professoras e percebemos em algumas que apesar do amor a profissão, havia um cansaço e uma baixa autoestima. Então fomos pesquisar mais sobre isso e percebemos que não eram casos isolados e que precisávamos dialogar sobre isso e uma forma de fazer isso foi o documentário”.
Dessa forma, a fotógrafa se juntou ao cinegrafista Edgard Freitas, e juntos produziram o longa-metragem, que contou com a parceria da Prefeitura de Resende, através da Casa de cultura Macedo Miranda e por meio da Lei Aldir Blanc. Toda a produção do filme demorou sete meses, apesar das gravações terem acontecido de forma mais rápida.
– Foram sete meses, porém as gravações demoraram um mês. Foi um trabalho de pesquisa cuidadoso, pois estamos falando de vidas e de uma realidade que muitos não sabem como é. Na pandemia, muitos transtornos e síndromes, como o de Burnout, foram acentuadas, e apesar das aulas presenciais estarem suspensas o trabalho do professor triplicou.
Com a produção, Bia também observou que a saúde mental de muitos ficaram mais abaladas e muitas vezes esses profissionais não recebem nenhuma assistência ou valorização, e que o documentário é uma forma de mostrar e chamar a atenção para a saúde do professor e sua valorização. “O objetivo tanto das fotos quanto da exposição, foi elevar a autoestima do professor, mas sentimos a necessidade de ampliar o projeto, trazendo essa discussão para a sociedade”.
Ela defende a importância tanto das fotografias quanto do filme para haver uma mudança social acerca do assunto. “A arte é uma forma de trazer reflexões ao público, acreditamos que através desse trabalho muitas pessoas irão conhecer mais a fundo a realidade de um docente. Que esse filme seja uma ferramenta de pesquisa para alunos, cientistas sociais e até outros professores, dialogar e refletir é o primeiro passo para que haja uma mudança social e nos acreditamos na arte enquanto ferramenta de transformação social”, completa.
PARTICIPAÇÕES
Participam do longa as profissionais da educação Cleide Souza da Silva Oliveira, Maria Adélia da Silva, Quéteri Figueiredo Paiva, Flávia Pereira Moreira, Maria Cristina Alexandra Pereira da Costa, Dulciara Farias Pereira, Ana Paula Castilho de Assis, Eliane C. Dornelas Peixoto, ao lado dos profissionais convidados Luciano Bueno (psicólogo), Igor Cardoso (professor), Lavinia Brito (psicanalista), Gláucia Henriques (professora) e Carla Afonso (psicopedagoga).
Fotos: Reprodução/Redes Sociais
