Investigação na Câmara de Resende continua: MP pede prisão de mais um vereador!

O Blog da Ana Lúcia, informou na tarde desta quarta-feira, dia 18, que há novidades na Operação Betrug. O Ministério Público pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal de mais dois vereadores de Resende: Tiago Forastieri (PSC) e Sandro Ritton (PPS). Segundo o MP, a Operação Betrug revelou um esquema de corrupção de licitações e desvio de dinheiro público na Câmara Municipal. O Blog da Ana Lúcia adianta que outros vereadores também poderão ter seu sigilo quebrado, pois a Procuradoria de Justiça do Rio de Janeiro entrou em fevereiro deste ano com um novo pedido de quebra de dados bancários e fiscais de grande parte dos vereadores do município de Resende.

Há quase um ano, o MP – além da quebra de sigilo bancário e fiscal dos vereadores – em setembro do ano passado, numa nova ação penal, pediu a prisão de Forastieri e a suspensão de suas funções públicas. Uma testemunha e também réu do caso, teria sido pressionada pelo vereador e a advogada Natalie Anselmo da Silva a não falar o que sabe, o que o MP considerou “obstrução da Justiça”.

A Operação Betrug foi deflagrada em 2015 e afastou naquela ocasião, dois ex-presidentes e o então presidente, o vereador Mirim, que depois teve pedido de prisão decretada e está foragido até hoje. Além deles, também foram denunciados os ex-vereadores Kiko Besouchet e Bira Ritton.

Outros réus envolvidos na operação que chegaram a ser presos no dia 29 de outubro foram soltos em 17 de dezembro do mesmo ano após terem seus pedidos de habeas corpus aceitos pela Justiça. O então presidente, Jeremias Casemiro, o Mirim, teve a prisão decretada em julho de 2016, e, até hoje não se apresentou à Polícia.

A defesa do vereador Tiago Forastieri informou ao BEIRA-RIO que não há distribuído no Tribunal de Justiça qualquer pedido de prisão contra o vereador, nem o pedido de quebra de sigilo, mas que o próprio por ser citado protocolou em 2016, a quebra de seu sigilo. Em consulta no site do TJRJ, de fato, não aparecem (Processo nº 0032888-61.2016.8.19.0000) as solicitações, apenas a protocolada em março deste ano citando as anteriores. A redação do BEIRA-RIO está tentando contato com as assessorias do TJ e da Ministério Público para esclarecer se o Tribunal não distribuiu a documentação ou se o MP apesar de afirmar não protocolou tais pedidos. A demora no prosseguimento citado pelo próprio MP poderá ter explicação nessa possível falha. O subprocurador afirma no documento que “a falta de apreciação de todas essas medidas judiciais tem prejudicado sobremaneira as investigações de crimes graves”.

A petição ainda cita um jornal da região contratado pela Câmara Municipal para as publicações oficiais e que apesar das solicitações de informações e edições do periódico, a empresa jornalística “se negou a cumprir a diligência”, o que levou o MP solicitar medida cautelar de busca e apreensão, o que também, conforme afirma o MP, não houve, até o momento, acolhimento do Tribunal de Justiça.

O BEIRA-RIO também entrou em contato com o vereador Sandro Ritton e com a assessoria de imprensa da Câmara Municipal, mas até o fechamento desta matéria não havia retorno de qualquer pronunciamento sobre o assunto.

 

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