Greve Geral leva mais de 300 para ruas de Barra Mansa e Volta Redonda

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Diretora do Sepe de Barra Mansa discursa ao final da manifestação

Aos gritos de “Fora Temer” e “Vem pra rua, o Brasil parou e Barra Mansa também!”, aproximadamente 300 manifestantes foram às ruas no Centro de Barra Mansa entre às 8h (horário de início da concentração na Praça da Matriz) e às 11h30 da manhã de sexta-feira, dia 28.

A Greve Geral – realizada em todo o Brasil contra as reformas trabalhistas e previdenciárias, inclusive em Resende – fez com que as Avenidas Domingos Mariano, Joaquim Leite, Dario Aragão e Pref. João Chiesse Filho, e as ruas Orozimbo Ribeiro e José Marcelino de Camargo ficassem interditadas para o tráfego, provocando lentidão até o encerramento da manifestação.

O greve teve a adesão de sindicatos das categorias trabalhistas, como o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), o Sindicato dos Rodoviários e Sindicato dos Bancários, da Igreja Católica, da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Barra Mansa (Umes), e outros grupos ideológicos, como os integrantes do Movimento Anarquista local, além de funcionários públicos, aposentados e outros trabalhadores.

Com a adesão, bancos e escolas públicas (e algumas particulares, especialmente as mantidas pela igreja) não abriram as portas nesta sexta-feira. A manifestação começou pela Praça da Liberdade, com os integrantes cantando a canção “Para dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, e gritando palavras de ordem.

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Manifestantes passam pela Domingos Mariano; funcionários observam movimento; Professor Betto, do Sepe, discursa durante evento e trabalhador autônomo adere ao movimento

Alguns funcionários do comércio, dos seus locais de trabalho, aproveitaram para registrar com vídeos e foto o momento em que os manifestantes passavam pelas ruas do Centro. O movimento foi encerrado no final da manhã, na Praça da Matriz, onde representantes dos movimentos participantes discursaram.

– Foi excelente ver que a cidade se mobilizou junto com a gente e nos ajudou a realizar essa manifestação, e o mais legal é que teve gente aderindo no meio do caminho. Agradecemos a Igreja Católica pela divulgação, além de várias classes trabalhadoras e estudantes – avalia Luiz Ricardo Landim, um dos organizadores do movimento.

Professores e alunos participantes falam sobre a importância da manifestação. “Esperamos que parem com as reformas, senão vamos continuar com essas manifestações e iremos novamente às ruas. A população ouviu o nosso chamado, pois na verdade todos os trabalhadores irão perder, além de toda a população, pois a reforma escraviza o trabalhador”, responde a representante do Sepe local, Fernanda Carreiro Alves.

– Até nós que somos pessoas em formação educacional vamos sofrer as consequências dessa reforma no futuro, além daquela que está sendo proposta para o Ensino Médio. Serão perdidos valores na escola brasileira, pois nada foi planejado antes – lamenta a diretora de políticas femininas da Umes, Maria Lívia Carvalho.

VOLTA REDONDA EM GREVE DESDE A MADRUGADA
Em Volta Redonda, a Greve Geral começou por volta das 4h, com concentração na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília. O movimento provocou paralisações parciais em vários pontos da cidade, e os ônibus intermunicipais ficaram retidos nas garagens pelos manifestantes. Também houve manifestações no bairro Aterrado, próximo à prefeitura (no período da tarde), e na Avenida Amaral Peixoto, no Centro.

Também na parte da manhã, a Rodovia Lúcio Meira foi bloqueada, na altura da entrada da CSN. Funcionários do primeiro turno da siderúrgica também foram impedidos de entrar no trabalho. Segundo dados dos participantes do movimento, 300 manifestantes estiveram reunidos na manhã de sexta-feira. No final da manhã, as ruas já estavam liberadas e a circulação de carros e caminhões estava fluindo lentamente. Nos dois municípios, o protesto seguiu de forma pacífica.

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