MP e Civil reconstituem morte de Policial Militar

simulacaoA 1ª promotoria de Justiça Criminal do Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, realizaram, na manhã desta quarta-feira, dia 27, no bairro Manejo, em Resende, a reconstituição da morte do policial militar André Rocha, de 38 anos. Ele foi morto com um tiro na nuca no dia 17 de agosto de 2013, na saída de uma festa em uma boate e, na época, Jefferson Almeida de Siqueira, de 35 anos, foi preso em flagrante suspeito do crime.

– Estamos produzindo uma simulação do fato com a presença do autor, que foi preso em flagrante e solto ainda em 2013, após alegar legítima defesa. O policial teria abordado o autor e apontado a arma para ele mesmo não estando fardado. Parece que teve uma briga também e como o autor praticava artes marciais, ele fez um movimento com a mão em que a arma virou e como o policial havia apertado o gatilho ele acabou sendo atingido. Estamos fazendo o que foi dito que aconteceu – explicou o delegado titular da 89ª DP, Marcelo Nunes, que não atuava em Resende na época do homicídio.

Para a simulação, vários policiais civis e militares compareceram à Rua Padre José Sandrup, onde aconteceu o crime, e com suas viaturas e apoio da Guarda Municipal fecharam as ruas próximas ao local. Peritos, testemunhas, o promotor do MP Diogo Erthal e o suspeito do crime acompanhado de seus advogados também participaram da ação.

– Essa simulação foi solicitada pelo MP. Esse procedimento costuma ser realizado só quando surge muita dúvida e tem várias versões para o crime que já foram relatadas – acrescentou o responsável pela Delegacia de Resende.

Na época do crime, a morte do policial gerou comoção através das redes sociais e após a concessão da liberdade provisória a Jefferson de Siqueira muitos se revoltaram e chegaram a realizar manifestações pelas ruas da cidade.

Marcelo Nunes chegou a comentar também o assassinato recente de outro policial, Nilton Batista dos Santos, o Niltinho, de 36 anos, morto a tiros no bairro Paraíso, no dia 4 de abril. Nunes afirmou que o caso segue sob investigação e não quis dar detalhes sobre as linhas de investigação seguidas pela Polícia Civil.

– Ninguém foi preso ainda. Estamos seguindo algumas linhas de investigação mais específicas, mas não convém mencionar quais. As câmeras ajudam, mas se o rosto está coberto ou se o suspeito não é de Resende, se as imagens não são nítidas, isso começa a complicar – despistou o delegado de Resende.

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