QUEM PENSA? O que Rechuan esconde atrás das câmeras alugadas por R$ 9 milhões?

O jornal BEIRA-RIO há duas semanas aguarda resposta da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Resende para conhecer a sala de monitoramento das câmeras que foram alugadas recentemente e chamam atenção não só pela previsão de pagamento do serviço, quase R$ 9 milhões, assim como pelo formato fálico, giroflex, robótico. Quase uma pirotecnia.

O JBR solicitou acesso à sala de monitoria para fazer matéria mostrando a tal propagada resolução e alcance das câmeras, assim como se todas as instaladas até o momento estão funcionando como deveriam, já que fontes garantem que estão instalando algumas das câmeras só para o “efeito clima de segurança”, já que há quem garanta que algumas como a do acesso oeste, por exemplo, não funcionam.

A Assessoria de Comunicação que acompanhará a equipe do JBR diz que ainda não conseguiu autorização o que é de se estranhar, já que em outros momentos, nos contratos anteriores, tivemos acesso à sala de monitoramento. Lembro uma vez, que o então superintende de Ordem Pública, Ed Murph me acompanhou explicando o trabalho dos guardas municipais que lá ficavam a partir de uma ocorrência, mostrando os monitores e respectivas imagens, assim como o registro das ocorrências.

Nos corredores da prefeitura todos comentam uma reunião que Rechuan estava muito nervoso por conta das câmeras. Atraso no cronograma, falta de infraestrutura para instalação entre outros assuntos e claro a repercussão na cidade, seja pela imprensa, seja pelas redes sociais do valor milionário de aluguel que nós estamos pagando. Não tenho dúvida que pagamos muito mais a megalomania de Rechuan e de seus gênios dos contratos milionários do que efetivamente por uma medida de segurança pública. Prova disso, é que no encontro sobre segurança que teve essa semana em Barra Mansa (leia na página 9), os representantes de Resende nem citaram as famosas câmeras e nem mesmo se irão atualizar o Plano de Ordem Pública que foi elaborado em 2003, no governo Eduardo Meohas. O documento carece de revisão e atualização em especial acrescentando os diversos bairros que surgiram nos últimos anos.

Lamentavelmente é só mais um contrato milionário, cuja conta nós iremos pagar. Um valor absurdo deste que, indiscutivelmente, poderia ser reduzido, se o governo comprasse e montasse o monitoramento próprio, atualizando apenas os softwares. Mas e a sanha da terceirização dos serviços que custam milhões como ficariam?

O endividamento de Resende, a irresponsabilidade do governo e a tentativa de manter a maquiagem dos caquinhos coloridos e agora, dos objetos fálicos e luminosos nas calçadas da cidade demonstram que em 2016, os adversários políticos de Rechuan não precisarão se esforçar muito. O esforço terá que ser aplicado quando entrar o novo governo em janeiro de 2017. Quando as contas forem abertas e verificarem o nó da corda em nossos pescoços é que o bicho vai pegar. E quando isso acontecer, muito provavelmente, Rechuan, segundo seus assessores não tão fiéis assim revelam, poderá estar no governo Pezão, já que ele desde agora já estaria cavando uma boquinha pelas bandas do Palácio Guanabara.

Essa tese da boquinha é contestada por um grupo de analistas políticos. Segundo os especialistas da política resendense, em 2017, Rechuan estará é se explicando, e muito, sobre os escândalos de sua gestão. Será?! Até lá, vamos tentando entrar na misteriosa sala de monitoramento das câmeras de quase R$ 9 milhões…isso que é um governo transparente! #sqn

Ana Lúcia
editora do jornal BEIRA-RIO
analucia@jornalbeirario.com.br

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.