A Nissan do Brasil, que mantém em Resende uma de suas fábricas, negou através de nota publicada nesta terça-feira, dia 9, ao jornal BEIRA-RIO, que pretenda mudar a unidade instalada no município da Região das Agulhas Negras para o México. A informação chegou a ser especulada na semana passada semanas após começar a vigorar o livre-comércio automotivo entre Brasil e México, onde montadoras instaladas no dois países poderão exportar e importar produtos sem qualquer barreira comercial como cotas e Imposto de Importação.
Em nota, a assessoria de imprensa da Nissan informou que continua “trabalhando normalmente na produção de veículos e motores” e que a notícia de demissão e/ou mudanças não procede.
Na sexta-feira, dia 5, outro veículo de imprensa da região teria noticiado que a montadora japonesa informou, através de suas fontes ligadas à diretoria, que o impacto do acordo pode provocar demissões e transferir a fábrica para o México.
O acordo comercial automotivo entre Brasil e México foi firmado em 2002, e em 19 de março deste ano passou a funcionar através do livre-comércio de veículos e autopeças. A medida preocupa a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que defendia a prorrogação, por mais três anos, do sistema de cotas, por considerar que a competitividade da indústria brasileira é muito inferior à do parceiro, e que pode trazer prejuízos ao país.
Mas para o Ministério da Economia, no curto prazo o efeito do livre-comércio será quase nulo porque o volume importado pelo Brasil do México está 14% abaixo do que prevê a cota atual. Por enquanto, a mudança para o livre-comércio valerá apenas para automóveis e comerciais leves, com a inclusão dos caminhões e ônibus a partir do ano que vem.
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