Moradores da Rua Santa Catarina, no Cabral, reclamam de falta de água

Mônica mostra onde precisou armazenar água para os próximos dias
Mônica mostra onde precisou armazenar água para os próximos dias

Há duas semanas, a família da desempregada Mônica Aparecida Souza, que mora em um conjunto de cinco casas na Rua Santa Catarina, no bairro Cabral, vive o drama da falta de água. “Há duas semanas, a gente percebeu que a água não estava chegando com força nas caixas daqui das nossas casas, com isso a gente precisou sair de casa e tomar banho na casa de amigos ou em nossa propriedade em Vargem Grande. Nem lavar roupa ou fazer comida em nossa casa a gente podia. Em compensação, a nossa despesa passou a ser com o combustível do carro”, explica.

Mônica mora com o marido e os dois filhos, um de 15 e o outro de 19 anos, em um conjunto de cinco casas (com 18 pessoas de uma mesma família morando), onde também vivem os pais e uma irmã, que tem uma filha de apenas 1 ano. “Meu marido e meu irmão chegaram a ficar furiosos com isso, e ligaram para a empresa, mas a resposta sempre é a mesma. Eles dizem que tiveram que fazer manutenção”.

As atividades no banheiro e o funcionamento da descarga chegaram a ficar comprometidos na casa da família. “Ficou impossível também de usar e lavar o banheiro principal (foi lavado há pouco tempo), sorte que temos outro banheiro do lado de fora para usar. Quanto ao banho, a gente tem que tomar de balde e caneca. Pra minha irmã, que tem uma criança pequena, é muito ruim”, diz Mônica.

Família de Milton ainda esta preocupada com a caixa d'água, mesmo com a normalização no abastecimento
Família de Milton ainda esta preocupada com a caixa d’água, mesmo com a normalização no abastecimento

Nos últimos dois dias, a caixa d’água passou a ser abastecida. Ainda assim, a moradora não se arrisca em gastar água, e junto com o irmão, tem feito estoques de reserva em casa, em baldes, galões azuis e de água, e até em porta-bebidas térmico. Quem também está economizando água em casa é a família do taxista Milton da Silva Batista e da também taxista Neli Duarte Félix, que moram na esquina com a Rua 19.

– Aqui estamos há dois dias sem água, fui pega de surpresa no domingo à noite (dia 19) enquanto lavava o banheiro, fui abrir a torneira, e nada de água! – relembra Neli, que passou segunda e terça-feira (dias 20 e 21) sem água. “Tive que economizar, lavei pouca roupa e usei pouca água na faxina, a limpeza foi na base na vassoura”.

Ela conta que deixou de lavar o carro que usa para trabalhar e até de dar banho em seus cinco cachorros de estimação. “O carro teve que ir para o lava-jato pra ficar limpo. Mas na noite de ontem para hoje, finalmente a água caiu na minha caixa, mas hoje ainda não caiu (na hora da entrevista ao jornal BEIRA-RIO, na quinta, dia 23)”, diz a taxista, cautelosa.

Ela e o marido, que moram junto com um irmão de Neli, também confirmaram que a Concessionária deu a mesma resposta sobre o problema da falta de água na rua. “A conta de água já sai cara aqui pra gente, e ainda acontece uma coisa dessas…”, completa.

Em nota, a concessionária Águas das Agulhas Negras informou que foi realizada manutenção na estação de tratamento de água e o abastecimento na rua já se encontra normalizado.

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