Mais de 20 anos de feira livre em Barra Mansa

feirabm2
Oswaldo (à esquerda) tem em Araújo um de seus clientes mais assíduos

Nos municípios do Sul do estado, entre eles Resende e Barra Mansa, já virou tradição pequenos produtores do Sul de Minas Gerais participarem de feiras livres em nossa região. Entre os produtos mais vendidos estão os queijos, como o trufado, conhecido pelos moradores que frequentam a Feira Livre de Resende, e também os queijos condimentados do produtor Oswaldo Campos, conhecido como Oswaldo do Queijo, que começou com a produção de tudo que vende há 23 anos, na sua propriedade em Carvalhos/MG e há 8 anos trabalha na Feira Livre de Barra Mansa.

– Estou há 8 anos na feira realizada na Vila Nova, e esses oito anos fizeram a diferença nas vendas. O bairro responde por 30% das vendas que realizo mensalmente. Agora se juntar as feiras de todos os bairros onde trabalho, em média as vendas dos produtos ficam em R$ 35 mil a R$ 36 mil mensais – responde Oswaldo.

O produto mais vendido é o tradicional queijo Minas Frescal, que corresponde a aproximadamente 30% de todas as vendas do produtor. Mas o carro-chefe de vendas são os queijos Muçarela e o Nozinho. “Este último é produzido na minha propriedade há 23 anos e foi o responsável por alavancar as vendas dos meus produtos quando passei a comercializar meus queijos nas feiras”, acrescenta.

Ainda assim, os queijos condimentados – muito consumidos como aperitivos – também são atrações à parte na barraca de Oswaldo. Além do Montanhês, vendido nas formas tradicional e temperada, ele fez questão que a produção do jornal BEIRA-RIO experimentasse um lançamento de sua produção, o queijo Provolone temperado com alho. A iguaria é produzida da mesma forma que o tradicional Provolone, mas o sabor é mais irresistível e também ideal para se consumir como tira-gosto.

Com o passar dos anos, o produtor ganhou uma clientela que sempre (ou quase sempre) costuma procurar a barraca atrás dos queijos. “Uma semana sim, outra não, sempre venho aqui na feira, independente do bairro onde aconteça, pois é muito tradicional. Eu moro no Centro, mas nunca deixo de frequentar, gosto de ir à uma feira desde criança”, explica o engenheiro aposentado Cláudio Araújo. Ele costuma consumir os queijos que compra como aperitivo. “Fica bom com uma cerveja”.

Além dos queijos, Oswaldo também produz morangos em sua propriedade há 10 anos e os vende na feira. Também costuma vender paçoca, compotas e a tradicional pinga para outros produtores. Quando começou sua produção de queijos, a concorrência ainda era pequena em sua terra. “Lá em Carvalhos, na época em que comecei, existia apenas dois produtores e quem produzia de 50 mil a 100 mil litros de leite era considerado fazendeiro. Hoje, esse monopólio está quebrado por lá e qualquer produtor agora é considerado pequeno”, relembra.

O produtor trabalha de terça a domingo vendendo seus produtos na Feira Livre, sempre das 6 às 12h (com exceção da sexta-feira, quando o trabalho é noturno), onde outros feirantes também comercializam de alimentos a roupas. No domingo, ele está na Vila Nova; terça-feira no bairro Nove de Abril, na Região Leste; quarta-feira no Corredor Cultural, no Centro; quinta-feira no bairro Colônia; sexta-feira no gare da Estação, no Centro e sábado no Ano Bom.

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.