Irmãos têm álibi, mas continuam presos

Ao som do hino protestante “Meu advogado é o Senhor, Ele me defende do acusador”, da cantora gospel Bruna Karla, 20 pessoas com bolas, camisas pretas e mostrando cartazes se reuniram em frente ao Resende Shopping no Centro de Resende, na tarde do dia 29, pedindo Justiça no caso dos irmãos Prudente Magalhães. Segundo familiares e amigos dos irmãos (fotos), a cor preta é para caracterizar o racismo, uma das razões que eles acreditam, os levaram para a cadeia, e ainda os mantém lá, apesar do testemunho de mais de 40 pessoas que garantem estavam com eles na hora do assalto a uma joalheira no shopping.

Quatro irmãos foram presos no dia 24, suspeitos de terem participado do assalto a uma joalheria do shopping, no dia 19, e três ainda estão detidos. No entanto, mais de 50 pessoas afirmam que estavam com dois dos presos no momento do crime em uma igreja evangélica no bairro Santo Amaro, e, um deles sequer tem passagens pela Polícia.

A manifestação foi marcada através de uma rede social fechada, em um grupo chamado “Buscando Justiça” e juntou mais de 50 pessoas na primeira hora de existência do grupo. Elas combinavam um protesto pacífico marcado para o final da tarde, mas duas horas antes, por volta das 15h, algumas pessoas do grupo começaram a informar que o protesto havia sido cancelado. Segundo uma amiga dos irmãos, Israela Aline, tudo não passou de um mal entendido. Acredita-se, que integrantes da igreja que os irmãos frequentavam recuaram com receio de tumulto, principalmente depois de uma recomendação de um advogado.

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