O presidente do Comitê Pela Transparência de Controle Social de Resende (ComSocial), Eliel de Assis Queiroz, e o vice, deputado estadual Gláucio Julianelli (Psol), entregaram à Câmara Municipal de Resende, no dia 23, um ofício aos vereadores pedindo a apuração das denúncias feitas pelo empresário Guilherme Rezende. Na edição 894 do jornal BEIRA-RIO, o empreiteiro, dono da Construtora Barrense Ltda, revelou um esquema de propina nas obras da prefeitura de Resende. Ele afirmou que as empresas são obrigadas a devolver um percentual do dinheiro pago nas obras, “comissão” como ele chamou, para que recebam em dia seus pagamentos. A construtora Barrense foi a primeira empreiteira a vencer a licitação para a construção da creche da Morada do Contorno, que teve parte da marquise desabada em novembro de 2014, mas abandonou a obra justamente por problemas no pagamento.
— Toda denúncia que afete recursos públicos tem que ser apurada. A gente não quer antecipar qualquer julgamento, mas não pode deixar uma denúncia amplamente divulgada na mídia sem investigação, sem apuração, senão a classe política vai ficando cada vez mais desacreditada. Conversamos na reunião do ComSocial do dia 21 e o comitê optou por entregarmos esse ofício ao presidente da Câmara Municipal de Resende e, posteriormente, questionar cada vereador sobre a posição que vai tomar perante essa situação. Os vereadores precisam fazer alguma coisa, porque este descrédito está levando as pessoas a partir por conta própria, querer fazer Justiça com as próprias mãos – comentou Queiroz.
No dia da entrega do documento, o presidente da Câmara, Jeremias Casemiro, o Mirim (Solidariedade), estava viajando para Brasília, mas os dois representantes do comitê fizeram questão que o documento fosse entregue em mãos. A vice-presidente da Câmara, Soraia Balieiro (PSB), os recebeu, mas preferiu não comentar o caso, afirmando não estar a par da situação.
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