Pedro Lucas da Silva Elias, de 8 anos (foto), tinha tudo para ser uma criança com uma vida normal, mas viu tudo mudar em 2010, quando perdeu a visão do olho direito, entre os três e os quatro anos. Vítima de catarata, ele passou a ter dificuldades na escola, para brincar, só é capaz de enxergar a luz e ainda vive com medo de perder a visão da outra vista. Enquanto isso, sua família corre em busca de uma operação, que embora já tenha sido marcada algumas vezes, foi adiada em todas elas pela falta de resultados de exames em tempo hábil, segundo eles por falhas da Secretaria de Saúde de Itatiaia.
— Ele brincava, enxergava bem, de repente percebemos que ele começou a tentar pôr a mão nas coisas para andar, reclamar de dor de cabeça e o levamos ao SUS. Lá um médico disse que ele tinha um “resfriado bravo”, mas outro médico que viu o menino lá chamou um oftalmologista e falou que era catarata. O oftalmologista falou para minha mulher “mãe, corre porque tem que operar esse menino rápido”, mas isso já tem quatro anos – explicou o armador Moisés da Silva Elias, pai do menino.
Ele contou que, na época, a criança foi encaminhada para a realização de exames em Pinheiral, o que fez várias vezes, mas era sempre encaminhado para casa. Nunca foi medicado e a família dificilmente recebia os resultados dos exames. Quando os recebia e pedia encaminhado a algum oftalmologista para realizar a operação, os médicos sempre afirmavam que os exames estavam vencidos e que deveriam ser novamente realizados.
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