Campanha em prol de alérgicos a alimentos

Zico aderiu à campanha que também tem atraído muitos famosos

Alergia alimentar é coisa séria e pode matar. A incidência na população é significativa: 8% das crianças e entre 3% e 5% dos adultos possuem alguma intolerância a alimentos. Famílias se unem em campanha na internet e pedem o apoio da população não alérgica para transformar em lei a obrigatoriedade de rótulos claros e de fácil entendimento.

A pedagoga Marcela Bracarense, 33 anos, passou a noite de 31 de dezembro de 2011 ao lado do berço do filho. Ela tinha medo que Augusto, na época com 1 ano e três meses, parasse de respirar e morresse. “Ele já tinha ido ao hospital e estava medicado há três dias com antibiótico. Os médicos disseram que não tinha o que ser feito, que teríamos que aguardar a medicação fazer efeito e fomos para casa”, recorda-se. O diagnóstico era sinusite, faringite e laringite. “Ele dormia e parava de respirar. Eu o acordava e dizia: ‘respira, Augusto, respira’. Ele dormia mais um pouquinho, parava de respirar de novo e eu lá, massageando e pedindo para ele respirar. Naquela noite eu decidi que descobriria o que ele tinha”, afirma.

E assim foi feito. No dia 1º de janeiro de 2012, após uma pesquisa na internet, Marcela se convenceu que o filho tinha tido uma reação alérgica. O réveillon daquele ano caiu em um final de semana e a mãe só conseguiria um médico na segunda-feira. Apreensiva, recebeu uma doação de uma fórmula alimentar de aminoácidos livres indicada para alergias severas. “Eu tinha que fazer alguma coisa por ele”, desabafa. A pedagoga conta que, três dias depois, o filho era outra criança. “Ele passou a dormir sem crises de apneia, sem roncar. Comecei a conhecer meu filho de outra forma. Troquei de gastropediatra e também de pediatra e fui acolhida por uma médica que abraçou a minha tentativa de buscar esse diagnóstico de alergia alimentar”, recorda-se.

Fotos: Divulgação

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