O novo representante do transporte público, Roberto Torres Santana, na Câmara de Resende na segunda-feira, dia 17, disse que vai implantar pontos com painel digital com horários dos ônibus e esta ação vai deixar uma marca do governo municipal. Quem conta? Esse painel foi implantado no governo Rechuan (foto ao lado). Pergunta se quando o prefeito Diogo entrou teve interesse em retomar e manter? Preferiu fazer performance de fiscal só para ficar bem nas selfies.
O representante frisou algumas vezes que “o intuito do serviço é atender a coletividade e não individual”. Citou para antecipar as justificativas das reclamações. Ué? Quando um ônibus atrasa ou quebra é interesse individual? Nunca vi ninguém reclamando porque queria que o ônibus deixasse alguém na porta de casa. Os maldosos de plantão já comentaram: “a impressão que passa é que a empresa já está colocando a culpa no usuário. É isso mesmo?” Vai saber, né?
A nova empresa assinou contrato há um mês, ainda não começou o serviço, mas já esboçou uma reclamação: a exigência de dois ônibus menores com acessibilidade para pessoas com deficiência motora grave. O representante disse que vai cumprir (não podia ser diferente, pois está no termo de referência que aceitou), mas já pediu ajuda dos vereadores para transferir o serviço para a Secretaria Municipal de Saúde.
“Não ia falar não, mas vou falar: acho que gratuidade de idosos é errada”. A fala é do mesmo representante e dono da nova empresa de transporte de Resende. Para ele faltam critérios para a gratuidade. Exemplificou que se tem um trabalhador desempregado ele tem que pagar, mas “tem um idoso rico que vai andar de graça”. Oi? Idoso rico andando de ônibus? E os vereadores agradecendo as falas sem ao mesmo defender os idosos.
A nova empresa que começará a rodar na cidade só no final do mês de maio vem seis anos depois das promessas do prefeito Diogo, no segundo mandato. Seis anos… e os vereadores naquela babação de sempre. Triste viu!? Mas Oxalá que, de fato, a população tenha um transporte coletivo decente e que o prefeito não repasse o subsídio para o bolso do trabalhador.
Subsídio? Sim. Só para lembrar. A tarifa contratada é de R$ 6,35. O usuário neste primeiro momento vai pagar R$ 4,40 e a prefeitura vai completar com R$ 1,95. Vamos saber ano que vem no reajuste tarifário se o valor será repassado ou se a prefeitura vai continuar pagando a diferença.