CARTA DE ESCLARECIMENTO

Às repórteres Lívia Torres, Anita Prado e TV Globo

A cada dia me surpreendo mais com os seres humanos e com as instituições as quais eles representam, seja lá em que esfera for.

Antes de tudo, esclareço que sempre fui a favor da liberdade de imprensa e do direito de informar. O papel do jornalismo é importantíssimo e extremamente necessário em toda e qualquer democracia que se preze. Sua função primordial consiste em oferecer informação de qualidade, compatível com a verdade dos fatos, de forma responsável, ética e isenta. No entanto, quando o jornalismo é praticado de forma vil, maliciosa e desonesta, ele pode se tornar perigoso. A coisa se agrava se ele percorre um caminho de erros sem se atentar com a realidade dos fatos (ou mesmo ouvir o contraditório), com o único intuito de prejudicar e/ou beneficiar pessoas ou indivíduos. É neste ponto que o jornalismo se torna um desserviço e um instrumento letal que visa unicamente atender a interesses obscuros.

A matéria veiculada no G1 no dia 1º/12/2022, produzida pelas repórteres Anita Prado e Lívia Torres – que já começa errada ao estampar um título sensacionalista – é um exemplo cabal desse mau jornalismo. Um jornalismo marrom, ausente de ética, de investigação responsável, destruidor de reputações e a serviço dos interesses de outrem. A chamada matéria política, sensacionalista, afoita e, com segundas, terceiras e até, quartas intenções. O que vale nesse tipo de reportagem é o valor recebido, a influência e o interesse de quem a solicitou. Ali não cabe informar nem esclarecer. Este nunca foi o objetivo. O intuito da matéria se baseia no interesse velado de atender a quem a encomendou e/ou “denunciou”, que por sua vez, tem como único objetivo contabilizar os danos causados pela mesma, em seu desafeto. Não existe uma apuração REAL e HONESTA dos fatos, e o resultado é um show de horrores recheado de sensacionalismo e distorções.

Creio ser importante também ressaltar que, se o “alvo” deste tipo de golpe baixo, possui a devida “blindagem”, tal pauta sequer chega à redação. Contudo, se não há blindagem – como é o caso de Noel – somos atingidos. De forma afoita, desleal e sem a devida apuração dos fatos, como, aliás, sempre ocorreu ao longo do tempo conosco. Veja, eu mesma já informei a Globo – através de diferentes meios de comunicação – fatos locais concretos e reais, que JAMAIS foram apurados. Vou ser mais clara: refiro-me a fatos extremamente graves praticados por políticos locais, de fácil comprovação, e que, repito, JAMAIS foram apurados. É a “blindagem” funcionando. Prevalecem os acordos existentes.

Tenho hoje 74 anos. Ao longo da minha vida trabalhei – e continuo trabalhando – todos os dias no comando da nossa empresa, juntamente com meus filhos e netos. Todos nós vivemos do que produzimos. Não somos milionários – longe disso – mas conquistamos um bom padrão de vida, construído através do trabalho e do suor de toda a família. Para chegar aonde chegamos, trabalhamos muito, mas muito mesmo, com afinco e honestidade.

Noel faz politica porque tem a política entranhada na alma. É o combustível e o ar que ele respira. Noel está e sempre esteve na política para servir ao próximo – e NUNCA para SE servir.

Auxiliar o próximo, construir para o coletivo, sonhar e realizar pelo coletivo. É o combustível que o move. Trabalhou duro na construção de uma cidade, realizou seu sonho e deixou sua marca em Resende. Grande empreendedor e com visão de futuro, Noel enxergou que Resende, pela sua localização, poderia através das indústrias, gerar mais empregos e proporcionar uma melhor qualidade vida à sua população. Lutou como um leão e conseguiu, com seriedade, transformar uma cidade rural, onde havia somente pasto, comércio e uma cooperativa de leite. Pode-se dizer com orgulho que construiu em Resende toda a infraestrutura necessária a uma cidade, criando toda sua base, base esta que se mantém até hoje.

Mas não escrevo no intuito de glorificar os feitos de Noel, mas sim de repudiar a forma insana e maldosa com que foi feita a matéria citada acima.

Então, vamos a ela. O que temos aqui? Temos uma repórter , que se apresenta no meu ambiente de trabalho, disfarçada de “amiga da Roberta”, com uma câmera escondida, afirmando ter um presente para entregar a ela. Essa mesma repórter faz perguntas e colocações sem sentido, e de quebra, expõe meu filho em rede nacional (sem sua autorização). Temos ainda esta mesma repórter, desta vez disfarçada de “compradora de roupas”, abordando e expondo também em rede nacional (idem sem sua autorização) Andreza, na porta de sua residência em seu horário de almoço. Acabou? Não. Ainda temos um dentista que atende de forma gratuita a população de comunidades carentes e que necessitam de socorro imediato, tendo seu consultório invadido pela mesma repórter portando uma câmera oculta, desta vez “travestida de possível cliente” vasculhando todos os horários para possíveis consultas. E novamente temos um cidadão honesto, em seu local de trabalho, exercendo sua profissão, exposto em rede nacional como suspeito de corrupção.

Definitivamente, não é desta forma que se faz jornalismo. Não o jornalismo que eu acredito. Mas as perguntas que não querem calar são: POR QUE esta repórter se utilizou de um método tão baixo para supostamente “flagrar” algum delito? POR QUE ela simplesmente não se apresentou como repórter de TV e perguntou abertamente, tanto para Roberta como para Andreza ou ao dentista, qual era a função deles no gabinete do deputado Noel de Carvalho? POR QUE ela não se atentou simplesmente a APURAR os fatos com ética, serenidade e honestidade? POR QUE o disfarce? Se ela agisse com honestidade e ética, teria evitado tantos erros e tanta informação errada e sem sentido. Nos expor ao constrangimento sem termos cometido nenhum crime ou delito.

Pra início de conversa ela iria descobrir que ambas NÃO são casadas com meus filhos, portanto não há parentesco vinculado.

Depois descobriria que Roberta É PSICÓLOGA habituada a executar trabalho social em orfanatos com crianças carentes e em instituições com dependentes químicos e moradores de rua. Uma parte da sociedade esquecida e que precisa muito de atenção. Roberta atua nessa área junto às prefeituras da região e, a pedido de Noel, estendeu sua área de atuação para Resende desde outubro deste ano quando foi contratada. Nada mais justo que receber ao menos a gasolina gasta em seu veículo. Era o mínimo pelos serviços prestados até o final do ano. Daí o valor “astronômico” de R$ 2.000,00 (DOIS MIL REAIS).

A jornalista não necessitava de disfarce para procurar Roberta dizendo que iria entregar um presente. Esteve na minha sala falando com meu filho, que repito, teve sua imagem exposta sem nenhum sentido. Ela esteve no nosso empreendimento, que conduzimos com muita luta e trabalho, sem negociatas. E com que intuito? Quem atiçou essa insensatez, essa maldade pura e simples recheada de sensacionalismo, sem qualquer apuração real dos fatos? E a resposta que a jornalista recebeu foi de que Roberta que não morava no local e estava em Resende trabalhando. TRABALHANDO.

Talvez se a repórter fizesse a mesma pergunta a Andreza, iria descobrir que a mesma é publicitária formada com especialização em marketing digital, e que assumiu, também agora em outubro, a função de cuidar das redes sociais de Noel até o final de seu mandato. Como Noel não se reelegeu, a equipe que existia foi desmontada, é difícil encontrar alguém para trabalhar por um período curto, para fazer este tipo de trabalho. Daí o convite à Andreza. Vale ressaltar ainda que Andreza já participou de várias campanhas políticas nossas e tem larga experiência na área – tendo trabalhado inclusive na campanha do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.

Todos, a pedido, solicitaram exoneração , pela exposição de forma errônea na mídia.

Quanto ao outro trabalho de Andreza, que consiste em vender roupas on line, fico me perguntando: QUAL É O PROBLEMA? Se ela cuida das redes sociais de Noel e trabalha 50% do tempo de forma remota, POR QUE teria que interromper seu negócio? Qual é o crime aqui? Vale ainda dizer que a repórter NÃO encontrou Andreza na parte da manhã, pois a mesma se encontrava trabalhando na apuração de fatos e buscando conteúdo para as redes de Noel. Estava desempenhando parte da função para a qual foi contratada e chegou em casa às 14h para almoçar, quando foi abordada pela repórter. Ou seja, tudo conduzido de forma errada, constrangedora e antiética. Caso se identificasse e fizesse as perguntas pertinentes – como, por exemplo, se ela trabalhava no gabinete de Noel – ouviria as respostas condizentes. Mas o foco ficou nas roupas que Andreza vendia.

Sobre Anchite, pai do dentista – já citado acima – ele completou o valor que faltava para quitação das contas eleitorais de Noel. Somos amigos há mais de quarenta anos. Ele é empresário, contribuiu como pessoa física, com a “astronômica” quantia de R$ 23.000,00 para fechar as contas da campanha. Aliás, reparem que todos esses valores citados na reportagem chegam a ser ridículos se comparados aos valores a que a imprensa está acostumada a tratar todos os dias.

Vamos ao gabinete. Qual o sentido de bater na porta de um gabinete político, como se fosse de campanha, informando não haver ninguém? Puro sensacionalismo. Trata-se de um erro GRAVE de informação, pois ali funcionava um gabinete politico de Noel, uma EXTENSÃO DO seu gabinete na Alerj, e que não teve o contrato de aluguel renovado pela perda do mandato de deputado.

Quanto a CORREGEDORIA da Alerj, esclareço que Noel foi ESCOLHIDO para este cargo NÃO REMUNERADO, exatamente pela sua trajetória, sua retidão e reputação transparente e íntegra na vida pública. E que este órgão só funciona quando acionado, quando recebe alguma solicitação ou informação. Não é um departamento de caça às bruxas. E é exatamente por este motivo que só funciona diante do recebimento de algum processo. E outra aberração, nunca esteve inoperante, pode ser gerido do próprio gabinete do Noel. O espaço físico é uma sala com uma mesa. A constar: Corregedoria nas mãos de Noel teve e tem atuação exemplar e atuante em TODOS os casos recebidos.

Dito isto, se desejarem realmente apurar fatos absurdos e reais, tenho muito a contar sobre a politica local. Enviem uma repórter para me entrevistar. Tenho certeza de que o que irei dizer poderá ser facilmente verificado, pois continua fluindo a luz do dia, de forma tranquila sem nenhum percalço nem exposição na mídia.

Entendo que faz parte do conchavo, faz parte do “negócio”, tentar expor pessoas que não fazem parte da “patota”. Contudo convido-os a vir tomar um café, entrando pela porta da frente. Não temos o que esconder.

Quanto à matéria em questão, fica nítido que não havia interesse algum na apuração franca e honesta dos fatos. O interesse sempre foi de criar sensacionalismo em cima de um homem que, num curto tempo de mandato, trabalhou de forma incansável e produziu muito para Resende e para o estado . Cumpriu com honra, honestidade e muito suor, apesar da idade, quase 80 anos, trabalhou como se fosse um jovem – como sempre fez – o mandato e o cargo público para o qual foi designado.

Bem diferente do que se costuma ver no meio politico, hoje existem mais holofotes, menos realizações e muitos interesses e a população funciona apenas como um meio de manobra. Noel, no final de seu mandato, não merecia uma reportagem jornalística tão maliciosa e nociva, sem a apuração adequada dos fatos e, com tantos erros.

Percam uma horinha do seu tempo e procurem levantar os benefícios e projetos que acontecem e aconteceram na região, e que foram trazidos pelas mãos de Noel no curto prazo em que ocupou a Alerj neste último mandato. Conheçam seu legado legislativo desse período. Suas realizações e produção correta. Não tenho dúvidas de que irão se surpreender como, em tão pouco tempo, produziu tanto. Sempre em prol do coletivo.

Sim, admito que talvez tenha sido um erro ter contratado duas pessoas próximas para a finalização dessa etapa, mesmo que por uma remuneração tão baixa. O intuito inconsciente era apenas o de não tirar mais dinheiro do bolso para finalizar problemas públicos que já estavam em andamento. Foi um erro de avaliação nas nomeações, mesmo que em nenhuma das duas seja parente e que o caso fosse lícito, não havendo nada escuso. Talvez por nunca termos participado das tramas políticas, estejamos pagando por isso. O meio é considerado sujo, corrupto, mas tem gente correta como em toda profissão. Aonde vai parar o ser humano? É lamentável. Pode ser que tenhamos errado por querer ajudar sem ter que gastar mais do nosso próprio dinheiro. Mas, neste meio, erra mais quem não consegue distinguir o joio do trigo.

Noel é um politico em extinção. É um homem raro. Imprescindível. Trabalha exaustivamente pelo coletivo. Nunca para si.

Tudo o que conquistamos se deu através de muito esforço e trabalho duro. Eu trabalho e muito – até hoje. A política não nos deixou mais ricos, pelo contrário, sempre nos atrapalhou e nos expôs muito. E sempre de forma jocosa e leviana. Levei muita lambada para provar que “focinho de porco não era tomada”. Foram muitos atos praticados contra nós, e sempre, SEMPRE provamos nossa honradez. Mas o estrago feito publicamente jamais foi retratado. Mesmo que mentiroso ou irreal, deixou marcas profundas. Nunca houve exposição da forma correta e justa, mostrando o trabalho feito pelo POLÍTICO NOEL DE CARVALHO. Que é imenso. Que se contado em detalhes, com todas as suas nuances, parece irreal. Um homem que sempre lutou pelo coletivo, visando dar mais qualidade de vida ao povo e aos mais carentes. Que transformou e deu toda infraestrutura necessária para Resende vir a ser a Resende de hoje. Resende esta que, infelizmente, já não possui o mesmo brilho. Que não tem seus problemas enfrentados com a devida seriedade. A cidade hoje possui uma imagem fictícia criada por prefeito irreal. Um personagem e seu livro de contos. Frágil como um sopro pela pratica dos seus atos.

Eu e Noel estamos juntos desde 1961. Eu tinha 13 anos. Ele, 18. Outra raridade nos tempos de hoje: casados há 58 anos e juntos há 61. Formamos uma dupla. E nesta dupla eu sempre trabalhei em prol do nosso sustento, e ele, para o povo. Sempre. E assim será até o fim de nossos dias.

Iaci de Carvalho

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