No Dia de Hoje – 19 de janeiro

Em 19 de janeiro de 1982, morria na capital paulista a cantora Elis Regina (foto). Nascida em Porto Alegre em 17 de março de 1945, era conhecida pela competência vocal, musicalidade e presença de palco, sendo aclamada tanto no Brasil quanto internacionalmente, e comparada a cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday. Com os sucessos de Falso Brilhante (1975-1977) e Transversal do Tempo (1978), Elis Regina inovou os espetáculos musicais no país.

Foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na década de 1960 e descolava-se da estética da Bossa Nova pelo uso de sua extensão vocal e de sua dramaticidade. Inicialmente, seu estilo era influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria. Depois de quatro LPs gravados e sem grande sucesso — Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962), Elis Regina (1963) e O Bem do Amor (1963) — Elis foi a maior revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou “Arrastão” de Vinícius de Moraes e Edu Lobo.

Tal feito lhe garantiria o convite para atuar na televisão e, pouco tempo depois, o título de primeira estrela da canção popular brasileira, quando passou a comandar, ao lado de Jair Rodrigues, um dois mais importantes programas de música popular brasileira, O Fino da Bossa. Em 1967, casou-se com Ronaldo Bôscoli, então diretor d’O Fino da Bossa. A partir de 1972, Elis começaria um relacionamento com César Camargo Mariano, que duraria até 1981, em uma das mais bem sucedidas parcerias da Música Popular Brasileira.

Cantou muitos gêneros: da MPB, passou pela bossa nova, samba, rock e jazz. Interpretando canções como “Madalena”, “Águas de Março”, “Atrás da Porta”, “Como Nossos Pais”, “O Bêbado e a Equilibrista” e “Querellas do Brasil”, registrou momentos de felicidade, amor, tristeza e patriotismo. Ao longo de toda sua carreira, destacou-se por cantar também músicas de artistas, ainda, pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro.

Entre outras parcerias, são célebres os duetos que teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim e Rita Lee. Com seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano, consagrou um longo trabalho de grande criatividade e consistência musical e, em termos técnicos, foi considerada a melhor cantora brasileira. Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis (1972), Elis (1973), Elis & Tom (1974), Elis (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal do Tempo (1978), Essa Mulher (1979), Saudade do Brasil (1980) e Elis (1980). Foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil.[16] Em 2013, foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stone.

Elis foi citada também na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada. Em novembro do mesmo ano estreou um musical em sua homenagem Elis, o musical.

Elis Regina morreu precocemente aos 36 anos, no auge da carreira, causando forte comoção no país e deixando uma vasta obra na música popular brasileira. Embora tenham havido controvérsias e contestações quanto à causa da morte, os exames comprovaram que a causa foi o consumo de cocaína associado a bebida alcoólica, que provocou uma parada cardíaca.

De seus relacionamentos, teve um filho com Ronaldo Bôscoli (João Marcello Bôscoli, nascido em 1970); e com César Camargo Mariano teve dois filhos: Pedro Camargo Mariano (1975) e Maria Rita Camargo Mariano (1977). A caçula atualmente segue a mesma carreira da mãe.

Foto: Reprodução

Fonte: Wikipédia

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