No Dia de Hoje – 18 de janeiro

Yuka compôs letras de intenso teor social e crítico quando integrava O Rappa (Foto: Marcio Nunes/Facebook/Reprodução)

No dia 18 de janeiro de 2019, morreu no Rio de Janeiro o músico e ativista Marcelo Yuka. Um dos fundadores da banda O Rappa, notabilizou-se como compositor da maioria das canções do Rappa no período em que esteve na banda, com letras carregadas de intenso teor social e crítico. Ele fez parte do grupo até o ano de 2001. Além de compositor, era também baterista, até ser baleado três vezes em um assalto na noite do dia 9 de novembro de 2000 no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, fato que o deixou paraplégico e o impossibilitou de tocar.

Depois de divergências que se criaram entre ele e o resto dos integrantes, acabou saindo da banda, e criou o grupo F.U.R.T.O, banda que fazia parte de um projeto social homônimo, que, segundo Yuka, era algo maior do que O Rappa lhe possibilitava.

Fora do cenário musical, era filiado ao PSOL desde 2010, e em 2012 foi convidado por Marcelo Freixo, candidato do partido para o cargo de prefeito na eleição municipal do Rio de Janeiro naquele ano para integrar a chapa como candidato a vice-prefeito. A chapa Freixo-Yuka terminou em 2º lugar com 914.082 votos, equivalente a 28,05%, porém não chegou ao 2º turno.

Após sua breve atuação política e a efêmera existência do “F.U.R.T.O”, Yuka trabalhou em um álbum com o produtor Apollo 9, Canções para depois do ódio, que ressaltava sua depressão, tratada com ioga e meditação após um período com consumo excessivo de remédios antidepressivos. A banda A Entidade fez a parte instrumental, e as cantoras Céu e Cibelle estiveram entre as participações especiais.

Além disso, Yuka também produziu Mestiço, um projeto de “Eletro-indígena-hardcore, com guitarras distorcidas e base eletrônica”. As letras eram todas sobre a questão indígena. Fora da música, preparou ainda um talk show na PlayTV, Hoje eu desafio o mundo sem sair da minha casa.

Sua vida e seu ativismo foram registrados no documentário “No caminho das setas”, de 2011, e posteriormente no livro “Não se preocupe comigo”, de sua autoria, em parceria com Bruno Levinson, livro este lançado em 2014. Em janeiro de 2017, quando se encontrava já internado, foi lançado o disco “Canções para depois do ódio”.

A saúde do músico vinha se deteriorando desde agosto de 2018, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Na madrugada do dia 4 de janeiro entrou em coma induzido, após sofrer outro AVC, morrendo em 18 de janeiro de 2019, no hospital Quinta D’or, onde estava internado, vítima de infecção generalizada.

Fonte: Wikipédia

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