Protesto em prol dos terceirizados

No final da manhã desta quarta-feira, dia 17, representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), professores e funcionários terceirizados das escolas estaduais se reuniram em frente à Ponte Velha, próximo ao Calçadão do Campos Elíseos, que se encontram em greve desde terça-feira, dia 16, aproveitaram para distribuir panfletos, um deles uma carta aberta à população que circulava pelo local, esclarecendo a atual situação enfrentada pelos funcionários terceirizados que não recebem há três meses da empresa responsável pelo serviço de limpeza.

– A situação deles é crítica, pois muitos deles não têm dinheiro sequer para pagar as contas do mês nem sustentar a família. Pretendemos ir ao Ministério Público para cobrar do Estado como são feitas essas licitações para a contratação das empresas prestadoras de serviços. E vamos entrar com uma ação judicial contra a Cuidar Bem (responsável pelo serviço de limpeza nas escolas) – explica um dos diretores do núcleo regional do Sepe, Ênio Sebastião (foto acima, À direita).

No entanto, o grupo relatou que foi abordado duas vezes por um funcionário do setor de Fiscalização de Posturas, pedindo que a panfletagem fosse interrompida, uma vez que estariam infringindo uma lei municipal que proíbe a panfletagem em via pública. “Se fosse para nos proibir deveriam fazer o mesmo com a panfletagem nas campanhas eleitorais. É uma falta de consideração com a democracia”, ironizou Carlos Roberto de Almeida, o Beto, coordenador do sindicato (foto acima, à esquerda). A Lei Municipal nº1912/1995, em seu artigo 4º, inciso VIII, determina a proibição de panfletagem em todo o município, exceto religiosa (esta última permitida a partir de 2010) e eleitoral.

A paralisação termina quinta, dia 18, com um assembleia na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro.