“Minoria radical”?

O presidente Michel Temer anunciou nesta sexta-feira, dia 25, em pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília, que as forças federais de segurança serão usadas para liberar as rodovias que estão bloqueadas pela greve dos caminhoneiros “caso as estradas não sejam liberadas pelo movimento”.

A decisão foi tomada após reunião no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) com ministros. Em seu pronunciamento, o presidente chamou o grupo de caminhoneiros contrários ao acordo firmado na noite de quinta-feira, dia 24, de “minoria radical” e “que está impedindo que muitos caminhoneiros cumpram o acordo e voltem a transportar mercadorias”.

Segundo ele, “o governo atendeu os pedidos dos caminhoneiros”. “Atendemos 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros, que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente. Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do diálogo”, disse.

Nesta quinta-feira, os ministros Eliseu Padilha (da Casa Civil), Eduardo Guardia (da Fazenda) e Carlos Marun (da Secretaria de Governo) anunciaram acordo para suspensão dos protestos da categoria por 15 dias.

Nesta sexta-feira, dia 25, no entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país, inclusive no Sul Fluminense. Duas entidades, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores, recusaram a proposta.

A assessoria do Ministério da Segurança Pública informou que o governo publicará um decreto na tarde desta sexta-feira para autorizar o acionamento das forças federais. Apesar do decreto ainda não ter sido publicado, as Forças Armadas já estão mobilizadas. Ainda de acordo com a assessoria, as rodovias deverão ser totalmente liberadas.

Após a publicação do decreto, os manifestantes não poderão ficar nem no acostamento, e os militares vão poder entrar em caminhões, se for o caso, para retirá-los da via. Os caminhões poderão ser apreendidos e os motoristas, presos.

Segundo o governo, a prioridade do desbloqueio “é garantir abastecimento de combustível em seis aeroportos e duas termelétricas”. Entre os aeroportos, estão Brasília, Recife, Congonhas, Confins e Porto Alegre.

Foto: Divulgação/PRF

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