Caminhoneiros não reconhecem acordo com o governo

Atualizado às 13h13

Depois de quatro dias de paralisação, os caminhoneiros decidiram pela suspensão da greve durante 15 dias. O acordo entre 11 entidades da categoria e o governo foi anunciado na noite desta quinta-feira, dia 24, pelo Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Apenas a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) não concordaram com a política do governo.

O grupo de caminhoneiros que fazem a paralisação no Sul Fluminense, no entanto, apoiaram a Unicam e a Abcam, e informaram aos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) “que quem fez o acordo com o governo federal não os representam”. Eles seguem fazendo a paralisação, que nos últimos dias vem afetando os serviços de transporte público, educação e o abastecimento de alimentos e insumos na região.

Dessa forma, a Via Dutra registra pontos de concentração de caminhoneiros nos kms 267 (sentido SP) 273 (sentido RJ), 276 (em ambos os sentidos), em Barra Mansa.  Na Via Lúcio Meira (BR-393), em Paraíba do Sul, eles se concentram na altura do km 182; em Volta Redonda, no km 281; e em Barra do Piraí, no km 247. Em todos os pontos, eles se concentram em acostamentos e pátios de postos de combustíveis, com o tráfego fluindo normalmente para os demais veículos.

O QUE DIZ A PROPOSTA NÃO ACEITA
​Na proposta do governo, além de zerar a Cide sobre o diesel, o mesmo se compromete a ressarcir a Petrobras para que a estatal estenda por um mês o desconto de 10% sobre o preço do diesel na bomba. A proposta prevê que o preço do óleo diesel ficará fixo em R$ 2,10 o litro até o fim do ano. Depois de 15 dias, haverá uma nova reunião entre caminhoneiros e governo para avaliar se as promessas do Planalto estão sendo cumpridas.

Mas para os caminhoneiros que atuam no Sul Fluminense, a Unicam e a Abcam, que representa 700 mil trabalhadores, a proposta não atende completamente às necessidades da categoria. “Todo mundo acatou a posição que pediram, mas eu não. (…) vim resolver o problema do PIS, da Cofins e da Cide, que está embutido no preço do combustível”, afirmou o presidente da Abcam, José Fonseca Lopes, em entrevista a imprensa.

Os representantes contam com a aprovação, no Senado, da isenção da cobrança do PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre o diesel até o fim do ano. A matéria foi aprovada ontem (quinta) pela Câmara e segue agora para o Senado. Caso seja aprovada, a isenção desses impostos precisará ser sancionada pelo presidente da República.

Foto: Divulgação/PRF

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