Delegação finlandesa se hospeda em Penedo

penedoCada equipe que se prepara para os jogos olímpicos de 2016 tem uma estratégia para vencer seus oponentes e a estratégia do Comitê Olímpico da Finlândia foi fazer os atletas de sentirem em casa. Ou quase. Pensando nisso, os treinadores optaram por não mandar os atletas para a Vila Olímpica, no Rio de Janeiro, mas sim para uma colônia finlandesa no Brasil: Penedo, em Itatiaia. E quem recebeu a incumbência de recebê-los foi o Hotel Pequena Suécia, bem no Centro de Penedo.

– Eles vão sair daqui só para competir e apenas os treinadores vão ficar direto lá (na Vila Olímpica). Por Penedo ter essa ligação com a Finlândia acharam interessante os atletas ficarem aqui, conhecerem, e também pela questão da violência do Rio de Janeiro. Acharam melhor por causa do clima europeu e para os atletas ficarem mais concentrados, com foco – explicou a gerente do hotel, Daniele Mendonça.

A ideia partiu de um dos integrantes do comitê, Samir, que já conhecia o hotel e possui parentes em Penedo. No entanto, hospedar uma comitiva de atletas pode não parecer tão simples e por isso em janeiro começaram as negociações.

– O Samir já conhece o hotel há bastante tempo, é amigo da casa, então eles precisavam basicamente de um lugar para fazer o treinamento e para isso alugaram um campo na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras). Aqui também tem piscina, mas será só para recreação, todo o treinamento vai ser lá. Mas no geral não faremos nada de muito diferente. A única exigência deles foi a alimentação, que foi bem custosa e por isso passamos bastante tempo negociando – explicou a gerente.

Não apenas por serem atletas, mas também devido à cultura finlandesa, a alimentação precisa ser leve e totalmente orgânica. Como não conhecia fornecedores na região, a equipe do hotel optou por negociá-las em outras cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, e o transporte acabou tornando a comida mais cara. Outra preocupação foi com as carnes, que precisaram de atestado de produção sem antibióticos para que seu consumo não gerasse alterações em possíveis exames antidopping aos quais os atletas se submetessem.

– Eles vão trazer segurança, mas o hotel também possui segurança. Todos eles falam inglês e o hotel já tem uma pessoa que fala, porque recebe muito europeu, então tradução também não é um problema. De certa forma já temos um estilo europeu, o hotel está aqui desde a década de 1950 quando foi criado por duas finlandesas, o que facilita a adaptação. Por isso, vamos hospedar outras pessoas normalmente e não vamos alterar nossa rotina enquanto estes 30 atletas estiverem por aqui. A única diferença será mesmo a alimentação, que será separada para eles e gerou custos, mas foi tudo negociado, já havia sido negociado desde o início do ano – explicou Daniele Mendonça.

A equipe do hotel também ajudou a contratar o transporte para a delegação ir e voltar ao Rio de Janeiro.

– Nós ajudamos a fazer o contato com a Aman, onde eles vão treinar, e também conseguimos uma empresa de Resende para fazer o transporte deles para o Rio de Janeiro. É uma empresa que trabalhou durante a Copa e já está acostumada. Ajudamos a fazer todos estes contatos, mas é tudo por conta do Comitê Olímpico

O hotel possui um restaurante com jazz ao vivo e nem disso precisou abrir mão para hospedar a delegação finlandesa.

– Eles vão fazer um passeio em um dos dias, mas vão ficar concentrados na maior parte do tempo em que não estiverem competindo, mas eles gostam de se divertir. Vai estar acontecendo o 11º Festival de Jazz e eles vão pegar, mas como as atrações começam cedo e terminam cedo não tem problema – acrescentou, lembrando que a equipe começa a chegar nesta segunda-feira, dia 1º de agosto.

 

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