QUEM PENSA? 2016 tá aí!

E com o ano novo, sem dúvidas novas expectativas não apenas com relação aos problemas financeiros que nos assombram diante de uma crise mundial, mas em especial, como vamos tratar os novos desafios. A Astrologia tem nos mostrado uma confluência tensa entre os planetas; os resultados estamos sentindo na pele, no bolso, nos conceitos, nos pré-conceitos, nas referências, nas associações, decepções, mediações e claro, nas opiniões.

Estamos vivendo solavancos ininterruptamente. Há uma invasão em nossos projetos que nos tiram do caminho até então considerado o melhor. Temos que arriscar saltar os abismos e confiar, às vezes, no que considerávamos o lado mais fraco. Realmente estamos vivendo outros momentos. Eu, particularmente, sinto uma profunda tristeza ao constatar em nosso país, flagrantemente uma elite conservadora e extremamente egoísta que não pode deixar de ganhar nunca. Não é nem perder. É deixar de ganhar.

A fala recente dos representantes da Fiesp dizendo que são a favor do impedimento da presidenta Dilma por causa de “aumentos de impostos” quando empresários e banqueiros foram os maiores beneficiários nos últimos anos das desonerações fiscais, assim como incentivos tributários em nome do aumento da produção e desenvolvimento do país, é realmente de dar nojo nessa classe que não pode nunca reduzir sua margem de lucro, enquanto muitos se apertam e dividem o que tem.

O governo do PT errou. Errou muito nos últimos anos ao ceder aos encantos capitalistas que agora estão aí traduzidos numa elite que não quer apenas dinheiro, quer sangue, tem ódio, quer o fim do pobre e dos benefícios sociais. Há muito deveríamos ter uma melhor distribuição de renda, uma taxação diferenciada às grandes fortunas e sobretudo uma relação menos refém dos lobistas travestidos de agentes públicos e parlamentares. Agora, estamos empacados. Evitando retroceder, nos esforçando para manter conquistas e indo para a rua defender a democracia.

Vamos continuar na defesa da democracia em 2016 e ela triunfará. Vamos continuar legitimando a vontade popular porque é assim que gente grande faz. Não às tentativas golpistas de desestruturar ainda mais o país. É momento de observar e fazer uma opção. Temos que escolher um lado: o meu é o lado do povo brasileiro, da manutenção dos direitos sociais, do direito à participação, da transparência e da luta seja em tempos de um consumo mais irresponsável, seja em tempos de um consumo essencial. Temos que nos adaptar, não às dificuldades, mas à luta e necessidade de superar os desafios e obstáculos que aparecem.

Hoje posso ter menos, amanhã talvez menos ainda, mas jamais deixar de sonhar e olhar o outro. Sim. Acredito nos sonhos e essa semana aprendi como tentar dissociar os sonhos das conquistas. Porque tem diferença. Você sabia? Eu também não. Achei que era tudo num bolo só. Mas aprendi a desenhar melhor meus sonhos e não deixar que as cores fortes externas, as ofertas de caminhos mais curtos travestidos de “conquiste seu sonho” tenha a partir de agora tanta influência na minha vida. Ando adotando o inverso: não preciso conquistar sonhos. Eu os tenho. Já são meus. Só preciso interpretá-los e saber o quão significativos são em cada momento da minha vida. E bingo!

O BEIRA-RIO em 2016 será 100% digital e precisará mais do que nunca de você leitor/internauta para continuar o trabalho sério, responsável e independente que tem marcado os 19 anos deste semanário em Resende e região. Tamos juntos!

Ana Lúcia
editora do jornal BEIRA-RIO
analucia@jornalbeirario.com.br

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