Caro Presidente do PPS Jaime Muniz,
Em face da matéria publicada pelo jornal Beira Rio, edição Nº 922, de 28/08/15, sob o título: “Vereador de Resende acusado de fraude pode perder o mandato”, consultados os demais membros da Comissão de Ética do partido, recomendo as seguintes ações:
1-Submeter, em face da gravidade da denúncia, o processo de apuração e julgamento do caso ao Diretório Municipal, conforme está previsto no artigo 8º, parágrafo C, do Código de Ética e Disciplina do PPS: “julgar-se incompetente para apreciar denúncia, submetendo o processo ao seu respectivo Diretório”;
2-Dar total publicidade e transparência à apuração dos fatos, conforme estabelece o artigo 14, item III, do Estatuto do PPS: “São diretrizes básicas da estrutura e do funcionamento do Partido: publicidade e transparência em todas as atividades partidárias”;
3-Dar a devida celeridade que o caso e a opinião pública exigem, levando prioritariamente em consideração resguardar a imagem e a integridade moral de uma instituição partidária constituída à base da democracia, da ética, da cidadania, da justiça social e dos direitos humanos, entre outros princípios básicos que visam à supremacia da sociedade civil sobre o Estado.
Atenciosamente,
Eliel de Assis Queiroz
Comissão de Ética
Presidente
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E vamos de Zumba!!
Em resposta a carta da Andreia B., queria dizer que o polo Tobogã é um circo sim, mas um circo de alegria, saúde, energia boa!! Nossas aulas são com professores de educaçao fisica com formaçao em dança!!! E somos maus, mais que um polo de Zumba!!! Somos uma familia, mexeu com um, mexeu com todo mundo!! Muito obrigada, Prof Mazinho, prof Negô, professora Gisele,Lili e a toda equipe que fazem das aulas de Zumba, um momento muito feliz e saudavel!! Uma pena que nossa felicidade incomode tanto!!!
Eliane M. Silveira
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Querida amiga Sra. Andreia B (“B” de quê??),
Antes de qualquer coisa, gostaria de lhe perguntar o motivo de tanta revolta na carta escrita para esse jornal sobre um projeto feito em prol da saúde e bem estar do povo resendense, “E vamos de Zumba”.
Vamos sim, por quê? Porque gostamos. Porque faz bem ao corpo e a mente. Porque quem é feliz se diverte, dança, canta, pula e se ama.
Provavelmente, ao contrário da senhora, que por algum motivo pessoal veio a essa coluna somente para denegrir esse projeto e consequentemente os envolvidos.
Esse professor que tanto é falado em sua carta é um querido.
Dançarino, carismático, e diferente do que a digníssima senhora intitula de “espetáculo de horrores”, é sim um espetáculo de beleza, carisma, profissionalismo e amor pelo que faz.
Dançar é fácil. Mas “bailar” é muito diferente. Nosso professor baila. Cada música, cada coreografia bem elaborada é treinada e feita com calma e responsabilidade. Além de belíssimas.
Além disso, vamos usar de respeito. Palavras que denigrem uma pessoa, nem sempre atingem o mesmo. Porque tanta revolta? Tenho certeza que dançaste com o mesmo furor que todos dançaram e dançam, com prazer e alegria! E depois, com toda essa adrenalina desprendida, dormiste como um anjo de puro prazer e sensação de dever cumprido!
Não adianta falar, reivindicar, debochar. Esse projeto foi elaborado com carinho e com sabedoria, para alegrar o povo e trazer para nossa cidade já tão sofrida um pouco de alegria e saúde.
Venha Zumbar conosco mais uma vez! Venha com o coração aberto, limpo, livre… Se jogue, rebole, grite, e acima de tudo, se ame… É isso que talvez esteja faltando em sua vida!
E vamos de Zumba!
Anna Beatriz Machado
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Caros leitores,
Essa imagem de uma criança síria morta, afogada, me lembrou um antigo cântico, que em meus tempos de Pastoral da Juventude cantarolava quase todos os dias: “Talvez essa canção chegue tarde demais e muitos inocentes morram cedo demais…”
Creio que deveria servir também para envergonhar toda a humanidade e seus paradigmas econômicos. Aceitamos como progresso natural o livre trânsito global de mercadorias e capital e rejeitamos o livre trânsito global de pessoas, mesmo as que procuram fugir de guerras, fome,intolerância.
Os bens da terra, dons de Deus, foram apropriados por alguns, que levantam modernas cercas, muitas vezes, nem tão modernas assim, para deixar de fora seus semelhantes, nem respeitam a regra de ouro universal de tratar os outros como gostariam de ser tratados. Os países da Europa retrocedem ao estágio pré-humano dos chimpanzés que são societários, mas autoritários e pouco hospitaleiros. Assistimos atônitos e imobilizados, vergonhosamente imobilizados, a este moderno holocausto, transmitido em tempo real, sabedores que nenhuma coalizão internacional virá em socorro desses pobres da terra.
Aprendemos nas lições dos evangelhos que quem acolhe um pobre hospeda o próprio Deus. A hospitalidade exige uma boa vontade incondicional para acolher o necessitado e o que se encontra sob grande sofrimento. Exige também escutar atentamente o outro, mais com o coração do que com os ouvidos, para captar a sua angústia e as suas expectativas. Exige também uma acolhida generosa, sem preconceitos de cor, de religião e de condição social. Evitar tudo o que o fizer sentir-se um indesejado e um estranho. Estar aberto ao diálogo sincero para captar sua história de vida, os riscos que passou e como chegou até aqui…
A hospitalidade é um dos critérios básicos do humanismo de uma civilização. A ocidental vem marcada lamentavelmente por preconceitos de larga tradição, por nacionalismos, pela xenofobia e pelos vários fundamentalismos. Todos estes fecham as portas aos imigrados ao invés de abri-las e, compassivos, compartilhar de sua dor.
Paulo César da Silva
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Indícios
Sempre o falso modesto
Diz que não, querendo tudo.
Alguns nem por desonesto
Mas estopa não é veludo.
A rosa nele é mato
Enfeitando o seu pavão.
Mas o cisne não é pato.
Cachorro não é leão.
Chega um dia e se entrega
No tal sabe quem eu sou.
Quer ganhar toda refrega
Se possível, com louvor.
Chega alguém e se declara
Contra tudo que ele espera.
Tira a máscara da cara
Num segundo, vira fera.
Diante causa perdida
Mostra não ser nada sóbrio.
E vai indo pela vida
Enganando a si próprio.
Mas, às vezes, vemos outros
Sem olharmos a nós mesmo.
Seja bem vestido ou roto
Dito nunca vem a esmo.