Tensões
Quem atrapalha e atropela
Fala em ação paralela
Mas jamais diz ao que veio.
Concluída a novela
Quer entrar pela janela
Feito amigo do alheio.
Periquito rala, rala
Papagaio, porque fala
Quer pra si toda a fatura.
Fica ali na antessala
Do poder que ele escala.
Maçaneta, ele segura.
É mesmo um cara de pau
E não dá menor sinal
De qualquer constrangimento.
Sabe que chefe boçal
Gosta de ser dito o tal
Inchando pelo fermento.
E a tudo acha lindo
Em seu íntimo, até rindo
Do colega que é sério.
Se um dia tudo é findo
Cedo, aos poucos descobrindo
O rumo do cemitério.
Antonio Francisco
Rosaine Pereira
2013 está terminando de um jeito muito sem graça. Perdemos nossa querida amiga Rosaine.
Acho que quando ela nasceu, um anjo torto veio e disse: vai Rô, ser gauche na vida. E ela foi.
Amiga, solidária, divertida, palhaça, ótima atriz, ótima profissional, ótima amiga.
E não bastasse, ainda decidiu ser assistente social, para poder fazer mais o bem sem ver a quem.
Rosaine, não quero discutir aqui a vontade divina, se ela existe ou não, deixo para os cristãos, muçulmanos, judeus, budistas, agnósticos e ateus.
Mas se você encontrar, aí no céu, o tal anjo torto, pergunta para ele;
Por que eu, porque tão cedo, tinha tanta coisa para fazer ainda…
José Leon
Senhora Editora,
Hoje (quarta-feira, dia 19) às 14h30min testemunhei uma cena inacreditável em frente ao Resende Shopping. Havia, de cada lado, pedestres esperando o sinal abrir quando vimos dois guardas municipais começarem a atravessar. Como o sinal para pedestres está queimado e não há visibilidade para conferir o dos carros, várias pessoas também cruzaram a rua, acompanhando os guardas e acreditando que o sinal os favorecia. Foi aquela gritaria dos motoristas e os dois policiais, já na calçada da Igreja Metodista, só tinham olhos para um carro parado irregularmente, mas que não oferecia qualquer risco de acidente.
O péssimo exemplo dado pelos dois policiais foi comentário de todos os que assistiram à cena e poderia ter resultado em atropelamento. Infelizmente, tal fato reforça a prioridade da ação de muitos guardas municipais, que não têm um olhar de proteção ou de prevenção. Enquanto essa prioridade não custar vidas, vamos colecionando sustos e sobressaltos. Até quando?
Maria de Lourdes G. Wanderley Julianelli
Um Observatório de Interrogações
2013. Municipalidade de Resende. Ruas, praças e pontes tornam-se um laboratório de experimentações, meio este com o qual, o artista observador inventa, assume e apropria-se do espaço público e, partindo de suas percepções traça o seu discurso poético, político e interventivo. O interesse do artista ao escolher a cidade, como palco ou galeria, acende o velho ideal democrático e contribui através de suas ações e gestos numa interferência nos fluxos incessantes, e muitas vezes anestesiado, no cotidiano do transeunte.
O mote para o pulsar artístico demonstra que há uma preocupação em reafirmar um discurso acerca de questões emergentes e ansiadas. Reinserir-se na construção de políticas culturais que atendam aos mecanismos de pertencimento no mundo contemporâneo. É perceber de fato a noção do indivíduo enquanto representação de identidade e que esta se constrói na relação com o outro – alteridade – e assim se possa realmente construir o Coletivo.
Na atual circunstância temos uma vulgarização das relações humanas criando uma banalização das relações sociais em prol as relações estritamente mercadológicas através da ditadura da Economia. Quando artistas e artivistas vão às ruas respondemos a uma sociedade do simulacro, da anestesia crítica, da espetacularização, das cristalizações das convenções, do politicamente correto. Interrogamos estes sentidos usurpados, e que midiaticamente manipulados, contribuem para a produção de uma sociedade de controle mediante uma Cultura do Medo.
Com o terceiro Observatório das ¿?¿ buscamos criar mecanismos de investigação criativa para investir em uma educação participativa e colaborativa visando repensar a Economia da Cultura. E como isto de fato se dá ao movimentar diferentes círculos de colaboração, que através de parcerias, apoios e serviços, possibilitam a continuidade de um ideal que surge com os méritos de uma somatória de pessoas que acreditam no poder da realização.
George Sander
Prezada editora,
Neste domingo, nós petistas de Resende vamos novamente às urnas para escolher o novo presidente do nosso diretório. Ele será escolhido democraticamente pelos filiados, após um primeiro turno que contou com uma participação maciça dos nossos companheiros e das nossas companheiras. Pela primeira vez alcançamos uma participação de quase 70% do eleitorado, o que mostra a visibilidade do nosso Partido nos últimos anos, principalmente as eleições do ano passado, quando lançamos candidatura própria à prefeitura de Resende. Como atual presidente do Diretório e filiado há mais de 25 anos no PT tenho o dever de contribuir para este processo e pedir que os aptos a votar compareçam no plenário da Câmara de Vereadores, das 9h às 17h.
O PT de Resende nos últimos anos passou por um processo de reformulação importante, pelo qual resgatamos militantes antigos e conquistamos novos filiados. Todos com o intuito de contribuir para a nossa cidade. Hoje temos um PT de todos e todas que participaram deste processo.
Com uma campanha sem muitos recursos financeiros, chegamos a quase 8% dos votos e por pouco menos de 170 votos não elegemos um vereador. Estes foram resultados, que para nós, aliado à nossa idoneidade no processo, foram dignificantes. Ganhamos respeito na sociedade pela campanha limpa e pela nossa proposta democrática e sem jogo de interesses prevalecendo. Lutamos e defendemos a nossa proposta de uma política diferente para a cidade.
Acreditando na sequência deste trabalho, iniciamos mais um processo eleitoral democrático, como sempre o PT realizou. No último dia 10 tivemos a escolha dos novos membros do Diretório e agora vamos escolher o novo presidente que terá funções importantes, dentre elas manter a militância unida para a reeleição da presidenta Dilma e da candidatura de Lindbergh para o governo do estado; e reafirmar o papel protagonista que o PT conquistou.
Por isso peço aos 296 filiados aptos a votarem que compareçam à Câmara, não se esquecendo do documento de identificação com foto, no horário previsto. É um momento único de exercício da cidadania e militância. No primeiro turno tivemos um processo com extrema lisura e assim será novamente. Apesar da disputa, o importante é a unidade do PT que deverá ser mantida. Como no antigo jingle, o Partido é dos Trabalhadores.
Rogério Coutinho
Presidente do PT de Resende
