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Preservação

Se os mais velhos já se vão
Puxam a fila dos que estão
Ficando como decanos.
Não tem jeito, meu irmão
Para a nossa geração
Lenço branco em abanos.

De criança, ouvi dizer
Pobre ou rico, podes crer
De todos, era o lugar.
E num último mergulho
Nada de levar orgulho
Pois pra onde vai, não há.

É assim que o tempo passa
Talvez, mesmo, seja a graça
De bem-vinda alternância.
A preservação da raça
É troféu em uma taça
Nas mãos de cada infância.

Antonio Francisco

Bom Dia,
Gostaria de relatar a aventura que foi uma viagem de centro de Resende à Fazenda da Barra no domingo (22/09), cheguei ao ponto de ônibus as 11:00hs e só consegui chegar no destino às 13:30hs e na volta foi a mesma coisa, mais de uma hora e meia de espera.
Por ironia, domingo foi o Dia Mundial Sem Carro, em que diversas cidades no mundo incentivam as pessoas a utilizar transporte público para melhorar a qualidade do ar. Mas parece que a São Miguel não pensa assim, pois nos finais de semana a frota é reduzida e muito, e o que se vê são pessoas tendo que utilizar o carro se querem chegar com tempo hábil a seus destinos. Já fiz várias reclamações à Superitendencia de Transporte, mas até hoje nenhuma providência é tomada. Mesmo em dias de semana fica-se até uma hora esperando o veículo e quando vem, são dois ou três juntos, não seria mais cabível espaçar melhor este ônibus? Talvez dar um intervalo de dez minutos entre eles? Parece coisa muito difícil para nossos burocratas da prefeitura, talvez porque eles não utilizem transporte público, quem sabe se eles fosse obrigados a utilizá-los pelo menos uma vez no mês não dariam jeito na coisa?
Atenciosamente
Marton Azevedo

Cara editora e caros amigos leitores,
Há algumas semanas já  havia aproveitado este espaço democrático para abordar sobre a “passarela” da Praça da Concórdia, mas achei oportuno retomar o assunto, movido pelos mais diversos comentários. Para que e porquê de um gasto de R$ 750.000 com uma obra desta? Acho que não estou só!  Muitos indagam do tamanho, do local, da necessidade, do confronto do “novo” com a velha Ponte Velha, símbolo da nossa cidade.
Não duvido das boas intenções, tampouco, dos projetistas, mas questiono a sintonia com a vontade do povo. Se a população fosse ouvida certamente não seria prioridade. É a falta do orçamento participativo, de uma Administração verdadeiramente Pública..
Grande parte dos questionamentos está relacionada a funcionalidade e se realmente a população utilizará o equipamento para atravessar cerca de quatro faixas de pista, onde há sinalização semafórica e faixas de pedestre. A quantidade de curvas que a passarela possui vem afastando o desejo de muita gente, que não teme atravessar as vias da praça, pois já se sente segura
Mais uma vez bato na tecla que há outras prioridades dentro de nossa cidade, e quero destacar a necessidade urgentíssima da calçada para pedestres na Avenida Ayrton Senna, que liga o Lavapés ao bairro Surubi, onde o fluxo de carro tem aumentado assustadoramente, colocando em risco a vida de pedestres e ciclistas.
Nem mesmo a estética da passarela vem agradando, dado a proximidade com o mercado popular e o fórum velho – que diga-se de  passagem requer uma profunda reforma.
Muitos já chamam a passarela como a grande gafe deste governo, palavras de quem ouve quem está na rua. Espero que os próximos empreendimentos com o nosso recurso público sejam mais discutidos antes de serem colocados em obras nada funcionais. Nós como cidadãos podemos exigir mais transparência e respeito na utilização do nosso dinheiro. Precisamos e devemos ser ouvidos.
Rogério Coutinho
Presidente do PT de Resende

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