Prezada Editora,
A Prefeitura de Resende promoveu concurso público em 2010, tendo este sido renovado por mais dois anos.
Ocorre que, no inicio do ano, fui convocada para tomar posse do cargo o qual prestei concurso. Até ai, tudo bem. Passei por todas as etapas (peguei a convocação, fiz todos os exames, fiz o cadastro na Resenprevi, deixei toda a documentação na Secretaria de Administração), sendo que, por fim, mandaram aguardar, pois o trabalho seria, a partir daquele momento, interno e que faltaria apenas o tal ato de posse e que este dependeria do secretario de administração.
Eis que vi meu nome publicado em decreto assinado pelo prefeito e ja publicado ha coisa de poucos dias. Entrei em contato com a prefeitura e eles me disseram que ainda não esta valendo pois o tal ato de posse ainda nao fora assinado!
Ora, isso pode Arnaldo? Publicam o decreto já assinado pelo prefeito, mas ainda não tem o tal ato? Afinal, o que dá validade? O ato ou o decreto?
Daqui a pouco vão falar que eu não me apresentei e que a culpa ainda é minha!
Imagino que não deva ser a única nessa situação. Mas tudo tem limite!
Estou nessa de “tomar posse” há quase 2 meses! Falaram-me para eu pedir contas no meu trabalho e aguardar a nomeação… Que sairia rápido! Imagine se eu tivesse feito isso? Quem iria me sustentar?
Sei que todo ato do poder público tem prazo. Acredito que a prefeitura deva ter perdido todos os que possua com relação a este concurso…
Uma coisa é certa… Resende surpreende! Negativamente… Infelizmente!
Concursada
Sra Editora,
Vi que a senhora esteve presente ao VI Fórum de Educação de Resende! Daí não resisti em lhe escrever e compartilhar minhas inquietações.
Primeiramente, creio que cabe relembrar sobre o significado de Fórum: “reunião onde se discute determinado tema”. Pois bem, não foi o que aconteceu no “VI FOMER”! Em nenhum momento as pessoas que lá estavam tiveram oportunidade de discutir qualquer assunto. O que se viu foi uma plateia. Plateia inteiramente pacificada. Tão pacificada que, quando chamada a eleger novos membros para o Conselho Municipal de Educação, reelegeu, exatamente, 90% dos membros não governamentais! O que, certamente, vai ratificar o papel meramente burocrático do Conselho, considerando o relatório apresentado. Desse modo, ao negligenciar seu efetivo papel, o tão elogiado Conselho, que pouco fez, pouco fará pela Educação do Município de Resende nos próximos 2 anos.
Segundo o que foi divulgado, o evento teria como objetivo discutir o panorama da educação no município, além de debater propostas para a melhoria do ensino. Doce ilusão!
O que se viu foi a Secretária de Educação apresentar, linearmente, uma lista de programas, a maioria com financiamento do governo federal. Nenhuma análise, nenhuma avaliação dos resultados dos referidos programas. Quais os efeitos de tais programas na rede municipal?
A Secretária afirmou que o Municipio atende “cerca de 14000 alunos”!! A Secretaria não sabe, efetivamente, quantos alunos são atendidos? Houve crescimento no atendimento?
E os índices?
Qual o IDEB do Município? Qual a posição do Município em relação ao Estado e ao Brasil? Quais as metas e estratégias da Secretaria com relação ao IDEB do Município? Nenhuma escola se destacou com relação ao IDEB?
Qual o índice de aprovação na rede municipal? Houve queda na evasão? E o número de analfabetos no município, a quantas anda?
Afinal, qual o panorama da educação do município?
Foi dito que pretendem elaborar um plano para a educação municipal!
Ao final do “Fórum”, lembrei-me de um diálogo da obra “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carrol:
“ – Pode dizer-me que caminho devo tomar?
– Isto depende do lugar para onde você quer ir.
– Não tenho destino certo.
– Neste caso qualquer caminho serve. ”
E como dizia minha avó: qualquer semelhança , é mera coincidência!
Tayara Magacho
Limitação
Sabe do Tom Jobim
Digo que antes assim
Mas ignora o Cartola.
Do Jacob do Bandolim
Nazareth, Chiquinha, enfim
Nada em sua cachola.
Sobre Nelson Cavaquinho
Salve a Nara, nesse ninho
Ampliou a sua fonte.
Cedo, saltou do barquinho
Encontrou então Paulinho.
Na fronteira, fez a ponte.
Quanto ao item lá em cima
Até hoje, a mídia prima
Por espaços generosos.
Certa classe legitima
Sem saber de outras rimas
Sobre as quais, nada ciosos.
Há alguns remanescentes
Que lá no Sol Nascente
Até conseguem algum mérito.
Um pouco de ingrediente
Apoiado em descendentes
Do movimento pretérito.
Já houve cinquentenário
Mas nada de extraordinário
A não ser uns bons
contratos.
Mas no sistema viário
Quem já é do obituário
Dá seu nome e retrato.
Mas a Lapa que regressa
Trouxe samba bom à beça
Como o Sem Compromisso.
Chegando sem muita pressa
Resgatou o que interessa.
Da Vila, veio o feitiço.
Antonio Francisco