Cartas e E-mails

Sra. Editora,
Venho por meio desta carta fazer um alerta às pessoas que levam seus entes queridos no Hospital de Emergência, que passam pelas consultas com certos médicos. Não são todos, pois tem bons médicos lá, mas infelizmente no dia que levei meu querido pai ele não teve sorte. Com 84 anos, ele esperou mais de uma hora para ser atendido. Falei com a assistente social, ela me mandou falar com a enfermeira e nada adiantou. Isto aconteceu no dia 1º de maio, numa quarta-feira. Assim que o chamaram, o Dr. Marcio Rocha receitou alguns medicamentos e disse que era uma virose. Não pediu nenhum tipo de exame.
Meu pai voltou para casa, que fica na Zona Rural, um pouco longe. Mas continuou passando mal, não conseguia se alimentar e estava a cada dia pior. Voltamos com ele para o hospital quatro dias depois, entrando em coma. Ficou na UTI três dias e veio a óbito com suspeita de leptospirose, que foi confirmado semanas depois.
Infelizmente não tenho mais comigo meu pai, homem forte, cuidava sozinho dos gados, roçava pasto e até então nunca teve qualquer problema de saúde, nem remédios tomava. Eu sei que a morte tem sempre uma desculpa, mas certos médicos deveriam dar mais atenção. Se não sabe o que é, peça exames, é mais cômodo dizer que é uma virose, que doença é esta?
Eu já tenho uma certa idade, não havia os recursos que têm agora, mas havia o amor pela profissão e o respeito com o ser humano. No mais agradeço o espaço.
Cidadã Resendense

AOS NATIVOS, O CHÃO DE FÁBRICA
O jornal O Globo, de 21/7/13, sob o título “BABEL DE ESTRANGEIROS NO SUL FLUMINENSE”, mostra a real situação da ocupação industrial e desordenada da nossa região. Na matéria, fica nítido que os melhores cargos serão sempre ocupados pelos estrangeiros. Para os nativos: o chão de fábrica, expressão recorrente no mundo das indústrias.
O Globo não faz nenhuma menção aos investimentos em infraestrutura para fazer frente ao caos anunciado e já vivido: degradação ambiental, trânsito caótico, violência crescente, tráfico de drogas matando jovens à luz do dia, especulação imobiliária e todas as demais mazelas clássicas e surradas do velho modelo de “crescimento econômico” a qualquer custo. O jornal não menciona por que simplesmente não existe planejamento, nem por parte do governo Sergio Cabral, e menos ainda dos governos municipais locais.
O secretário de “desenvolvimento econômico” de Itatiaia, Denílson Sampaio, diz na matéria que para a montadora chinesa FOTON se instalar em Itatiaia só falta a liberação do INEA. Como assim, Denílson? Licença ambiental “fast-food”, como a da Nissan? Na área do entorno do Parque Nacional do Itatiaia, sem ouvir o conselho do parque? Na área do entorno do Parque Estadual da Pedra Selada sem ouvir a comunidade? O Conselho do Meio Ambiente de Itatiaia se manifestou a respeito? A Lei Orgânica de Itatiaia está sendo respeitada?
O Comitê de Transparência e Controle Social de Resende, com base na Lei de Acesso a Informação, irá solicitar esclarecimentos sobre tudo isso ao Ministério Público Federal e Estadual, ao INEA, ao IBAMA e a quem mais for necessário. Não somos contra indústrias, não somos contra estrangeiros, nem contra o desenvolvimento sustentável. Somos, sim, contra o caos e a violação das vocações naturais da nossa região.
Para concluir, um texto da jornalista Miriam Leitão, publicado no mesmo jornal, no mesmo dia da matéria acima citada: “nunca mais a economia poderá ser pensada e planejada sem que a questão ambiental seja parte da equação; nunca mais o meio ambiente será apenas uma paisagem”.
Eliel de Assis Queiroz
Comitê pela Transparência e Controle Social/Presidente

Vamos Refletir!
Recentemente li num jornal que um casal jantava num restaurante no Rio de Janeiro, quando um smartphone foi arremessado da mesa em direção à Lagoa Rodrigo de Freitas. Era o namorado indignado com a namorada que não largava o celular, por sorte o garçom conseguiu resgatar o aparelho da moça. Um pouco mais para trás no tempo, quando começou as comunicações nas empresas, via “e-mail” melhor correio eletrônico, a turma da minha geração começou a sentir o distanciamento do contato verbal entre seus colegas de trabalho, principalmente entre aqueles que atuavam em outras cidades.
Pode ter sido o início de uma geração sem boca, podem dizer que estou exagerando, mas acho que a turma de hoje se esqueceu de que a boca existe não só para comer, mas também para falar. Vivemos com uma geração sem boca! Tudo é comunicado via “e-mail”, MSN e através de blogs, facebook, twitter e outros. Ninguém mais quer falar com outra pessoa. Às vezes tenho a impressão de que as pessoas ficaram com medo de falar sobre trabalho com seus colegas. Tem medo da reação, da resposta, de ter que argumentar. Então, enviam uma mensagem de texto e pensam que tudo estará resolvido dessa forma sem ter que enfrentar a pessoa cara-a-cara, face-a-face.
Tenho um grande medo de que, se um dia houver um incêndio numa empresa e o Diretor perguntar se alguém chamou os bombeiros, a resposta seja “mandamos um e-mail com sinal de prioridade”.
Quantas coisas poderiam ser resolvidas se as pessoas voltassem a se falar? (lembrem-se do celular na Lagoa) Quantos problemas seriam evitados se as pessoas pegassem num aparelho chamado telefone e ligassem para seu colega falando claramente do que estava acontecendo? Quantas coisas seriam resolvidas mais rapidamente se alguém se dispusesse a levantar de sua cadeira e ira até o local (às vezes a poucos metros) falar com a pessoa responsável? Quantos problemas evitaríamos se falássemos diretamente com o cliente ou com o fornecedor em vez de mandar uma mensagem mal redigida, passível de várias interpretações?
E preciso que esta geração aprenda a falar! Não a falar mal dos outros, mas falar com as pessoas ao invés de falar das pessoas. Esta geração precisa compreender que o ser humano é o único animal que fala e que a comunicação verbal é realmente a mais eficaz, a que mais comunica o que pensamos, sentimos e queremos, etc.
Em vez de mandar dezenas de “e-mails” (que serão reencaminhados para dezenas de pessoas e que ou não serão lidos ou serão mal interpretados) pegue o telefone e fale! Em vez de ficar grudado em estado de semi-coma em frente ao seu computado, smatphone, Ipad, Iphone, etc., levante da cadeira e vá até aquele ser humano que poderá lhe ajudar e fale com ele (a)! reaprenda a falar e verá como o mundo ficará mais fácil e como as coisas serão resolvidas mais rapidamente utilizando esta”antiga nova” ferramenta que é falar!
Nei Dibo

Para jornalista Ana Lúcia
Editora do Jornal BEIRA-RIO,
Com o objetivo de prestar contas à população de Resende, que me elegeu de forma democrática e legítima nas eleições de outubro do ano passado para representá-la no poder legislativo, venho informar os motivos pelos quais manifestei oficialmente à Comissão Permanente de Fiscalização da Câmara Municipal de Resende, da qual faço parte, a minha decisão de não participar da análise dos contratos referentes à realização de obras em três escolas municipais: Hetelvina Carneiro (Vargem Grande), Rompendo o Silêncio (Alvorada) e Centro de Educação Infantil Julieta Botelho (Parque Tobogã – Vila Julieta).
Inicialmente, reafirmo meu entendimento de que os contratos devem ser analisados, pois os serviços neles pactuados foram realizados com recursos provenientes dos impostos pagos pelo cidadão.
Mesmo tendo resolvido não participar do trabalho da Comissão Permanente de Fiscalização, nesta apuração específica, estou à disposição dos seus outros quatro membros no sentido de conceder todas as informações necessárias, reforçando dessa maneira a produção dos dados para a elaboração do relatório final.
A minha decisão se deve ao fato de que, na época durante a qual as obras foram executadas nas três escolas, eu exercia o cargo de secretária municipal de Educação. Ao pedir desligamento do trabalho ora citado, da Comissão de Fiscalização, acredito ter adotado o procedimento mais correto visando garantir a imparcialidade dos trabalhos de apuração.
Atenciosamente,
SORAIA BALIEIRO
Vereadora

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