OMS destaca: hepatite supera o HIV em número de mortes

Neste sábado, dia 28, é o Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população sobre as formas de contágio e tratamento dos tipos da doença. E de acordo com a entidade, a mortalidade mundial por hepatites virais já ultrapassou o número de mortes em decorrência de HIV.

Segundo a OMS, cerca de 1.340.000 portadores de HIV morrem anualmente, contra 1.750.000 em decorrência de complicações de hepatites. Em 2017, dos 1.306 óbitos por hepatites no estado do Rio de Janeiro, 883 foram causados por cirrose e 170 por câncer de fígado segundo o Programa Estadual de Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).

Dos quatro tipos de hepatite existentes, as dos tipos B e C são as mais preocupantes, já que o tipo B não tem cura, mesmo existindo vacina e tratamento. A transmissão do tipo A da doença ocorre por meio de contaminação da água e dos alimentos, e o tipo D só aparece quando o paciente já tem hepatite B (no Brasil, os casos de hepatite D se restringem à Região Norte do país).

O mesmo levantamento do programa da SES aponta que Hepatite B e C estão mais presentes no território fluminense do que a população imagina. Até o começo deste mês foram 3.132 casos notificados do tipo B e 8.997 do tipo C. Com a data instituída, a OMS pretende erradicar o tipo C da doença até 2030, diminuir o número de mortes por hepatites virais em 65% e encerrar a transmissão vertical, da mãe pro bebê, vacinando todas as mulheres antes da idade fértil contra a hepatite B.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde, Clarice Gdalevici, as hepatites B e C são transmitidas por via sanguínea através de relações sexuais sem preservativo, da mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação, por compartilhamento de material para uso de drogas, para higiene pessoal ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings, além de transfusão de sangue. Clarice ainda recomenda que todo mundo que faz tatuagem ou põe piercing deve procurar uma unidade de saúde para fazer o teste de hepatite cerca de 60 dias depois do procedimento.

Os sintomas costumam aparecer eventualmente de forma aguda nos pacientes de hepatite B, com idade entre 25 e 30 anos, que sentem dores abdominais, urina escura, febre, náuseas, vômitos e amarelamento da pele e dos olhos. O tipo C é mais encontrado em pessoas com mais de 40 anos e não costuma dar sinais.

Além de usar preservativos durante as relações sexuais e ficar atentas à utilização de materiais descartáveis ou esterilizados em Autoclave no dentista ou na manicure, as pessoas devem procurar os postos de saúde para se vacinar, em três doses, contra a hepatite B. Se o paciente já estiver contaminado, precisa fazer tratamento com medicação diária pro resto da vida. Já a hepatite C alcança 95% de cura quando os pacientes tomam remédio ao longo de três meses.

Foto: Reprodução/Internet

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde/RJ

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