Quem teve uma disciplina na escola chamada “Educação para o Lar” levanta a mão!
Eu tive e como me foi útil! Aprendi costuras pequenas, pregar um botão, fazer um tricô e outras coisas…tudo muito importante para quem quer ser independente. Isso acabou e essa geração que se pronuncia vai jogar a roupa fora se o botão cair.
Sinto que a escola deveria ter um espaço para ensinar coisas do mundo não acadêmico: o que é imposto de renda, pis, pasep, como lidar com a carteira de trabalho ao longo da vida, quais são os direitos e deveres de um consumidor, como reclamar e exigir do SUS, como participar de políticas públicas, como funciona um banco, investimentos financeiros interessantes, como poupar, como consumir, como lavar roupa com manchas, como se portar em um evento social , como convidar e aceitar convites, como se portar no espaço público e privado, como fazer uma denúncia no Ministério Público, etc.
Chamaria de Educação e Orientação Social. Nada mal!
Talvez o problema seja a qualificação dos professores, visto que nossa sociedade dá muito pouca importância para que o indivíduo aprenda a ser mais que um habitante da polis, mas um agente de mudança para o progresso (que no meu dicionário significa que o bem é mais do que ontem e menos do que amanhã).
Para que aprenda que o conceito de cidadão e cidadania vai além do que o dicionário prevê.
Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão
