Depois de denúncia feita pelos servidores municipais à editora do jornal BEIRA-RIO e conselheira municipal de saúde, Ana Lúcia (imagem 1) e repercussão no blog do jornalista Elizeu Pires (imagem 2), o assunto chamou atenção nos grupos das redes sociais e o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos de Resende, Marco Antônio Corrêa da Silva, o Marquinho, se manifestou confirmando que nomeação para cargo comissionado é “incompatível com a função de dirigente sindical”, no entanto, não soube responder porque durante quase três meses, no que chegou a conhecimento público, o Sindicato permitiu que seus diretores continuassem nomeados e com estabilidade sindical.
— Ana Lúcia precisamos que isso venha a público. É uma vergonha ter que ser representado por esse pessoal do Sindicato que aceitou ser CC. Isso não pode continuar, pediu uma enfermeira do Hospital que pediu para não ser identificada com medo de perseguição. Perseguição, assédio moral e coação também foram assuntos tratados na reunião do Sindicato com os enfermeiros, dia 16, no auditório do Conselho Municipal de Saúde. Muitos diante da direção do Hospital de Emergência e do secretário de Sáude, Alexandre Vieira, confirmaram assédio por parte dos diretores e alguns médicos que destratam o pessoal da Enfermagem.
Ainda que os diretores do Hospital tentassem negar a prática, mais de uma servidora se pronunciou demonstrando que são intimidadas e desvalorizadas, o que deixou o representante do Sindicato, o vice-presidente Geovani Sousa, na obrigação de se manifestar a respeito e ele disse que todo e qualquer caso deve ser registrado formalmente no Sindicato e que serão abertas sindicâncias para apurar os abusos que estão sendo cometidos em vários departamentos da prefeitura. Para alguns servidores, o Sindicato sempre deixou a desejar, por sua vez, o Sindicato reclama que a adesão dos servidores não é significativa, o que os deixa vulneráveis.
No dia, 14, foi a reunião dos técnicos do Hospital e as reclamações também se seguiram depois da reunião, onde os funcionários ficaram surpresos ao verem o prefeito Diogo Balieiro Diniz presente, pois não tinham essa informação. Foram informados que o convite partiu do próprio Sindicato, dos nomeados cargos de comissão. “Isso pra mim, ainda que ele tenha vindo falar que vai cumprir a lei, é intimidação. Nem mesmo avisaram que ele estaria presente”, disse um técnico que também pediu para não ter o nome divulgado.
Toda a repercussão dos sindicalistas nomeados levou à publicação, na segunda-feira, dia 19, de uma nota de esclarecimento por parte do Sindicato (leia na íntegra na imagem ao lado) e a revelação de que seis diretores dos 18 integrantes da Diretoria foram nomeados CCs deixou servidores indignados. “Isso é imoral. Como eles querem que a gente tenha confiança em Sindicato. Só querem levar nosso dinheiro. Me sinto traída, isso sim”, disse uma assistente administrativa da área da Educação.
