MPRJ prende um e afasta cinco vereadores na terceira fase da Aphantropía

Vaninho (à esquerda) foi preso na manhã desta quinta-feira (Fotos: Rosa Costa/Reprodução TV Rio Sul, Divulgação/CMI e Reprodução/Redes Sociais)

O vereador e ex-prefeito interino de Itatiaia, Silvano Rodrigues da Silva, o Vaninho (PSC), foi preso na manhã desta quinta-feira, dia 15, na terceira fase da operação Apanthropía, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Além dele, o órgão público também prendeu Clébio Lopes Pereira, o Jacaré; Fábio Alves Ramos, ex-chefe de gabinete do prefeito de Itatiaia; Julio Cesar da Silva Santiago, o Julinho; Édnei da Conceição Cordeiro, ex-secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Itatiaia e o ex-vereador Geilson Dias de Almeida.

A operação, realizada por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Promotoria de Justiça Junto ao Juizado Especial Adjunto Criminal de Resende e de Investigação Penal de Resende, Itatiaia, Porto Real e Quatis, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), também cumpre mandados de busca e apreensão contra outras 10 pessoas acusadas de integrarem uma organização criminosa responsável por lesar o erário com o cometimento de diversos crimes contra a administração pública.

As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado do TJRJ, que também determinou o afastamento de cinco vereadores das funções que exerciam na Câmara Municipal de Itatiaia (da esquerda para a direita, na foto abaixo): além de Vaninho, também foram afastados o também ex-prefeito interino Imberê Moreira Alves (PRTB), Alexandre dos Santos Campos, o Tim (Solidariedade), Eduardo de Almeida Pereira, o Dudu (PRTB) e Vander Leite Gomes (Progressistas).

Segundo a denúncia, os 15 denunciados, “agindo de forma consciente e voluntária, em concurso de agentes, previamente ajustados e em unidade de desígnios entre si e com outros criminosos ainda não identificados, incluindo funcionários públicos, promoveram, constituíram, financiaram e integraram, pessoalmente e por interpostas pessoas, organização criminosa, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza, mas especialmente financeiras oriundas de lesões ao erário, dentre as quais se destacam os crimes de estelionato contra a administração pública, peculato, concussão, corrupção passiva, corrupção ativa, contratação direta ilegal, fraude em licitação ou contrato, lavagem de dinheiro, dentre outros”.

A primeira fase da operação foi realizada em abril de 2021 e prendeu o então secretário de Saúde de Itatiaia, Marcus Vinicius Rebello Gomes, e outros quatro acusados de integrarem uma organização criminosa responsável por lesar o erário, inicialmente em um contrato para fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI’s) de combate à Covid-19, comprados pela administração municipal, causando um prejuízo aproximado de R$ 3 milhões, decorrente de sobrepreço, superfaturamento e ausência de entrega dos bens pagos.

Ainda naquela primeira fase, o MPRJ conseguiu suspender na Justiça outros contratos relacionados à saúde de Itatiaia, em razão de inúmeros indícios de fraudes, evitando danos ao erário no valor aproximado de R$ 25 milhões de reais.

A segunda fase aconteceu em junho de 2021, para cumprir a ordem de afastamento do cargo do Prefeito interino de Itatiaia, Imberê Moreira Alves; de seu chefe de gabinete, Fábio Alves Ramos, e dos secretários municipais de Saúde, Raphael Figueiredo Pereira, de Educação, Kézia Macedo dos Santos Aleixo, e de Administração, Gustavo Ramos da Silva, por gravíssimos atos de improbidade administrativa.

As ordens foram expedidas pela Vara Única de Itatiaia, que também expediu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao prefeito e nos gabinetes dos demais agentes públicos, bem como ordem de bloqueio de bens dos investigados.

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