Fim de ano de tantas emoções

Fim de ano de tantas emoções: vem aí o supermala Roberto Carlos pra dizer que nada mudou.
O que ninguém vai poder dizer sobre esse ano de 2016 é que foi apenas mais um ano em nossas vidas. Foram esses, já quase 365 dias, carregados de muitas emoções e solavancos. Não há como negar.

Alegrias, tristezas, decepções, frustrações. Coisas comuns a todos os anos vão me contestar. Mas digo: não é todo ano, por exemplo, que golpeiam a Democracia e tiram do poder um governante eleito legitimamente. E no caso, já havia a raridade de ser mulher, presidenta. A primeira, e mais, reeleita. Os machistas não perdoaram. Tanto foi golpe que ela foi cassada e não perdeu os direitos políticos.

Não é todo ano, que o mundo perde uma personalidade do calibre de um Fidel Castro. Gostando ou não do homem, gostando ou não da sua filosofia, qualquer pessoal, com um mínimo de clareza e compreensão da vida e do mundo, há de reconhecer em Fidel, uma das figuras marcantes na história planetária. Para o bem ou para o mal.

Não é todo ano que vemos chegar ao poder máximo de uma super potencia militar, um personagem tão inverossímil e inquietante como aconteceu com a eleição Donald Trump, nos Estados Unidos.

Domesticamente falando assistimos em nosso país ao derretimento de instituições que acreditávamos sólidas (como fomos ingênuos). Sem falar na classe política, que sempre foi uma espécie de ‘sacos de pancada’ em nossa sociedade, agora assistimos, perplexos, ao desmonte do Estado de Direito e o fortalecimento do pensamento de força. A criação de leis no varejo, leis descartáveis e voláteis que valem a partir do ato e do interesse de uma classe jurídica que resolveu mandar nos interesses do país. Lamentáaaavel, diria o Zé do Bairro.

Também não é todo ano que constatamos em nossa sociedade, o rápido crescimento de filosofias intolerantes, conservadoras, extremistas, que acenam para um futuro nebuloso, para dizer o mínimo, mas, literalmente, imprevisível e assustador.

Não é todo ano que cai avião com time de futebol ou morre um poeta famoso. Não é todo ano que um menestrel popular e contestador ganha o Premio Nobel de Literatura.

Não é todo ano que assistimos um importante estado da federação quebrar e dividir o 13º salário de seus servidores em cinco parcelas. Ou assistirmos a prisão de um ex-governador e sua mulher.

E com certeza, paciente leitor, você há de lembrar-se de inúmeros outros acontecimentos singulares para esse inquieto 2016, dos quais a claudicante memória do cronista, no momento, não registra.

Mas de uma coisa todos nós temos certeza, é que existe uma força incontida, que nasce, sabe-se lá em que submundos obscuros e horrendos que tenta com todas as suas forças, nos fazer crer que esse ano que acaba é igualzinho a todos os outros.

E percebemos isso quando ouvimos a cantora Simone a reverberar mais um assassinato anual de Jonh Lennon com a sofrível versão da tocante canção Happy Christmas, do ex-Beatle.

Ou pior, quando a TV anuncia que vem aí mais um especial de fim de ano da Globo com aquela mala do Roberto Carlos. Haja saco (de Papai Noel). Feliz final de 2016 a todos!

TRIPA
* Vi nessa quarta-feira, um patético cartaz de papel pardo com texto escrito à mão, pregado na cobertura instalada ali no calçadão da Av. Albino de Almeida, em frente à loteria. No pedaço de papel, um punhado de frouxas justificativas para pregar o injustificável, uma intervenção militar no país. Caramba!!, eu pensei, aonde vamos parar?! E me veio à mente a canção de Natal de John Lennon. Nela o coro de crianças canta ao fundo: War is over!, ‘a guerra acabou’ e completa o coro: If you want it, ‘Se você quiser’. Refleti sobre quem quer a paz entre as pessoas e quem prefere o eterno conflito, as guerras, sejam de que tamanho forem, e que sempre afetam mais os menos favorecidos, os desassistidos, os pobres, os segregados da sociedade e por aí vai. Será que quem pensa como o autor do tal cartaz consegue desejar feliz Natal para alguém ??

* E o Brameiros ficou com o título de vice-campeão do Futebol Soçaite Quarentão da AABB deste ano. Empatou domingo passado no tempo normal em 1 x 1 com o Ipiranga e foi derrotado nos pênaltis por 3 x 1. Ipiranga campeão!!. Louve-se a campanha de recuperação do Brameiros, que na primeira rodada foi goleado pelo mesmo Ipiranga por 6 a 0 e na rodada seguinte, perdeu por WO. Entrou na terceira rodada como lanterninha absoluto. Conseguiu a classificação na quarta colocação, venceu as semifinais e na final empatou o jogo. Não há o que lamentar. Brilhante recuperação. Sem contar que no jogo final, merecia até ter vencido. Mas em futebol não há justiça. Vide a Turma da Pelada, que teve a melhor campanha na fase de classificação e acabou em terceiro lugar. Valeu moçada !!! E nesse fim de semana tem a tradicional festa de confraternização da família Brameiros, na ARBR.

* Botafolgada, neste fim de semana a confirmação do Fogão na Libertadores do ano que vem. Água no chimarrão do Grêmio. Dá-lhe Sassá !!

ANIVERSARIANTES
Dia 3, mudaram de idade os amigos: Silvia Style, Marcos Vinício, André Amêndola, meu primo Zé Carlos e o Walter Filé. Dia 5, foi a vez da dona Neuza Viggiani, da Beatriz Andrade, da Fátima Queiroz e da Maria Tereza Guimarães soprarem velinhas. No dia 6, mais um trio de pessoas amigas, inaugurou idade nova: Marcy Menandro, Enir Leal e Jorge Garrido. Dia 7, o vereador Tiago Forastieri e a educadora Adriane Müller receberam os ‘parabéns’. E no dia 8, o Zé Roberto Rodrigues, a Selma Biolchini e o Thiago Duarte comemoraram mais um ano de vida. Parabéns e todas as felicidades do mundo para eles.

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