O que rola no alto da montanha

A Vila de Visconde de Mauá, no alto da Mantiqueira, encanta os visitantes com seu jeito simples da vida na montanha e sua permanente oferta artística e cultural. O Centro Cultural Visconde de Mauá, localizado no centro comercial ‘Aldeia dos Imigrantes’ tem sempre atrações:

* Segue até este domingo (22/01), a exposição “Universo Estampado”, por Mary Anne Sá. Horário: 11horas às 17 horas.

* A partir de terça-feira (24/01), nova exposição ocupa o salão principal do Centro Cultural Visconde de Mauá: “Essa Folia é de Reis”, que acontece em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). De segunda à sexta-feira com visitas guiadas e agendadas, e sexta, sábado e domingo, das 11 horas às 17 horas. Entrada franca.

A Aldeia dos Imigrantes é um charmoso centro comercial com ofertas variadas, de chocolate do bom à cerveja artesanal feita na Serra. Além de uma loja da Aline Rochedo Pachamama, uma liderança indígena da etnia Puri, historiadora, escritora, ilustradora, doutora em história cultural, mestre em história social, editora e outras coisas mais, além de ser uma simpatia de pessoa, que vale muito a pena conhecer. Sempre se aprende algo com ela.

Nessa quinta-feira (18/01) estava programada uma ‘Roda de Conversa’ com Maria Silvério. O tema do papo: relacionamentos, afetos, poliamor.

 

Segredos do Putumayo

O documentário “Segredos do Putumayo”, dirigido por Aurélio Michiles, narra as investigações do ativista irlandês Roger Casement, então cônsul britânico no Brasil, sobre a escravização e o assassinato de milhares de indígenas que eram forçados a trabalhar na coleta de borracha. No filme, a voz de Casement é interpretada pelo ator Stephen Rea (de “V de Vingança”, “Entrevista com Vampiro” e “Traídos pelo Desejo”, pelo qual foi indicado ao Oscar em 1993 na categoria “Melhor Ator”). O filme passou por diversos festivais importantes no Canada, na Irlanda, na França, nos EUA, no Peru, entre outros. O documentário dirigido por Aurélio Michiles, está disponível nas principais plataformas digitais de aluguel do País

“Mais de um século depois dos acontecimentos trágicos vividos pelos povos indígenas do Putumayo, relacionados ao extrativismo da borracha, ainda persiste uma insidiosa agressão contra os direitos humanos e contra aqueles que ousam defender os povos indígenas. Aqui no Brasil, de acordo com os órgãos responsáveis, até maio de 2022, 19 ativistas já foram assassinados”, afirma Aurélio Michiles. “A Colômbia, onde aconteceu o massacre do Putumayo, relatado por Roger Casement em seu ‘Diário da Amazônia’, é hoje o país que mais persegue ativistas dos direitos humanos. As lutas das comunidades amazônicas por direitos à autodeterminação e à justiça básica perduram diante das ondas selvagens do desenvolvimento econômico e de uma intolerância cultural e racial crescente”, completa Aurélio Michiles.

 

Memorial do Holocausto

Conhecer para não repetir

Foi aberto ao público nessa quinta-feira, dia 19, o Memorial às Vítimas do Holocausto. Localizado no Parque Yitzhak Rabin, no Mirante do Pasmado, em Botafogo, no Rio de Janeiro. O projeto tem o objetivo de preservar e tornar conhecidas as histórias das vítimas da perseguição e do genocídio empreendido pelo nazismo que atingiu judeus, ciganos, negros, pessoas com deficiência física e mental, comunidade LGBTQIA+, Testemunhas de Jeová e maçons. O espaço abriga um monumento a céu aberto de 20 metros de altura em homenagem às vítimas, que é dividido em blocos que representam os Dez Mandamentos, com destaque para o “Não Matarás”. “Mesmo sendo o sexto Mandamento, ‘Não Matarás’ sustenta os demais nove Mandamentos por ser fundamental a preservação da vida humana”, destaca Ariel Bergher, Diretor da Associação Cultural Memorial do Holocausto. Dados históricos revelam que, das 11 milhões de vítimas, 6 milhões eram de pessoas judias, população que sofreu uma perseguição mais estruturada, e 5 milhões, de outras minorias:

“O Memorial às Vítimas do Holocausto não é dedicado apenas ao povo judeu, é um espaço de reflexão para todos. Além da preservação da memória, que é fundamental, pretendemos transmitir os valores para que a história não se repita. Queremos que os visitantes possam absorver alguns dos princípios e saiam melhores do que entraram”, destaca Alberto Klein, Presidente da Associação Cultural Memorial do Holocausto.

A exposição, instalada na parte edificada do monumento, no subsolo da praça, apresenta aos visitantes as memórias e os relatos de vítimas e sobreviventes de um dos maiores genocídios da história em forma de imagens, áudios, sons, relatos e conteúdos interativos. A mostra imersiva convida o público a olhar para o passado e transformar o futuro a partir de princípios como respeito e tolerância. São apresentadas na exposição, histórias como a da princesa Maria Karoline, bisneta de D. Pedro II, morta na câmara de gás por ter deficiência, ou do jovem Mordechai Anielewicz que, com 24 anos, liderou a resistência no gueto de Varsóvia, entre outras.

 

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