Um grupo de cerca de 30 servidoras municipais assistiu, na tarde desta segunda-feira, dia 13, das 14h às 15h30, uma palestra de “prevenção e informação pelo fim da violência contra a mulher”, com a deputada estadual Ana Paula Rechuan (PMDB), a coordenadora do Núcleo Integrado de Atenção à Mulher (Niam) Marcely Bastos, e a psicóloga do Niam Raquel.
A deputada Ana Paula Rechuan, que também é esposa do prefeito José Rechuan Junior (PP), explicou que o objetivo do encontro era que as servidores conhecessem o trabalho do Niam e enalteceu os trabalhos que o município tem e que considera que empoderam as mulheres.
– Como primeira dama digo que não podemos falar em violência contra a mulher se dentro da prefeitura as pessoas não tem esse olhar. Então parabenizo o Niam por conscientizar as mulheres a dizer a outras pessoas que temos o serviço, porque dos 92 municípios do Rio de Janeiro só 27 têm esse serviço. Em Porto Real, que a prefeita é mulher, não tem. Aqui temos também a lei de incentivo ao esporte que ajuda as mulheres, porque normalmente as esportistas belas têm patrocínio e as que não têm beleza física não têm. Também temos o totem da via lilás em que as mulheres podem fazer denúncia para a máquina. As mulheres têm que se proteger. E que elejamos gestores que tenham compromisso com a mulher – declarou a deputada estadual.
A coordenadora do Niam falou sobre os tipos de violência que a mulher pode sofrer e explicou o fluxo de atendimento do Niam, desde a chegada da mulher até os acompanhamentos que ela pode receber. Em seguida, falou sobre a importância de um Nuam na cidade, já mencionado anteriormente na fala da deputada.
– A mulher vem até nós e recebe ajuda psicológica, sendo que às vezes podemos encaminhar para a Secretaria Municipal de Assistência Social, se for necessário, ou para assessoria jurídica. Quando tem estupro, a mulher fica com vergonha, mas precisa ir à Apmir em até 72 horas para tomar o coquetel de medicamentos. Quando é opção da mulher, alguém de nossa equipe a encaminha até a delegacia, mas no Nuam o cuidado é maior, porque lá é mulher que atende mulher – ressaltou Marcely Bastos.
Depois de exibir o vídeo “Silêncio das Inocentes”, que relata casos de mulheres agredidas, mostra avaliações de autoridades que lidam com a violência doméstica e relembra a história de Maria da Penha, a psicóloga do Niam falou sobre a necessidade de as mulheres se ajudarem. As servidoras participaram de um debate sobre o tema e algumas delas levantaram a necessidade de as mulheres votarem em mulheres, para que elas possam incentivar leis que protejam as mulheres.
– Precisamos ter mais representação feminina. Nossa câmara municipal hoje só tem uma mulher. Se alguém leva um projeto para que as leis fiquem mais rígidas contra os homens que cometem violência contra a mulher quero ver qual homem vai abraçar. Pode até ter, mas serão poucos – incentivou Marcely Bastos.
Ela explicou que no dia 14 e no final do mês a palestra será realizada novamente, para que as cerca de 500 servidoras do pátio possam participar. Como a sala de reuniões da prefeitura só possui 40 lugares, os setores foram convidados a revezar entre suas servidoras para que todas pudessem participar de algum dos encontros. A coordenadora acrescentou que, se sentir necessidade, também pode realizar o mesmo encontro com os servidores homens.
