A Represa do Funil, em Itatiaia, registrou no dia 24 um volume útil de 3,75% de água. É o menor volume da história da represa, superando até mesmo o menor nível histórico já registrado, 3,92% em 2001, quando o Brasil atravessava uma fase de racionamento de energia. A situação acende um alerta para a população das Agulhas Negras sobre a real possibilidade de falta de água e energia elétrica na região. Para o ambientalista Luis Felipe Cesar (foto), da ONG Crescente Fértil, o estado de racionamento de energia já deveria ter sido decretado.
Cesar explicou que a represa ajuda a regular o volume de água que será utilizado pela população. No entanto, quando o volume é muito baixo, como no dia 24, em que a elevação da Usina do Funil era de 445,35 metros, apenas 1,35 metros acima do nível mínimo de armazenamento, a regulação se torna impossível. Por isso, a captação passa a ser direta e não há controle sobre o quanto será usado de água.
— Para entendermos melhor a situação seria interessante verificar com a Concessionária Águas das Agulhas Negras como está a situação. Eles fazem a captação direto no Rio Paraíba do Sul, que é a situação atual. Sem o nível mínimo exigido pela represa não se faz regulação do volume, o que passa a deixar sair mais do que entra. Quando a represa está cheia ela é a reguladora. Quando ela deixa de ter essa função reguladora Resende passa a depender da vazão que o rio tem naquele momento – detalhou.
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Nesta grave questão da crise do abastecimento de água que assombra o pais e já bate as nossas portas aqui na região, os ambientalistas bem ou mal vem cumprindo seus papeis, seja por dever de ofício ou por preceitos de cidadania. Mas os políticos continuam dormindo em berço esplêndido, eles que deveriam estar cientes que as responsabilidades maiores recairão inexoravelmente sobre suas cabeças , a conferir, se a situação se agravar.