Cobrando de quem tem menos

“Minha casa é que nem o Hospital de Emergência, bonita por fora e feia por dentro”, ironiza a pensionista Maria Lúcia Barbosa (na terceira foto abaixo, de amarelo). Ela e outros moradores das ruas do bairro Jardim Alegria foram notificados há aproximadamente duas semanas pela fiscalização da Divisão de Posturas da Prefeitura de Resende para construírem calçadas em frente às suas residências. Até aí nenhum problema se não fosse a condição social desses moradores, que em sua maioria são aposentados, pensionistas ou desempregados que sobrevivem com apenas um salário-mínimo e casas ainda por terminar.

Apesar da fachada feita de alvenaria, Lúcia mora em um barraco na Rua Paulo Balbino (antiga Rua F) com quatro netos e sobrevive com o pouco que recebe de sua pensão, mas teve que fazer a calçada de sua casa às pressas. “Na semana passada, veio um fiscal chamado Simoca (Marcos, funcionário da Divisão de Posturas) notificar a gente aqui no bairro porque tinha areia na frente de casa e não tinha calçada em nossas casas. Tive que retirar a areia que eu uso pra reformar a minha casa e colocar tudo para dentro do meu barraco. E me virar para fazer a minha calçada”, revela a pensionista, que conseguiu doações de material com vizinhos da Rua I como pedras e areia, mas teve que comprar os sacos de cimento, ao preço de R$ 17 cada.

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One thought on “Cobrando de quem tem menos

  1. As avós estão assumindo responsabilidades que não são delas a toda hora se ouve casos de pensionistas que criam netos, me pergunto quem cuidará daqui vinte anos dos netos das mães de hoje?

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