Em 1985, nesta data (15 de janeiro) era eleito de forma indireta, o primeiro presidente que encerrava o ciclo dos governos militares e da ditadura imposta ao país. Apesar do grande movimento Diretas Já em todo o país no ano anterior, a eleição direta para presidente não foi aprovada pelo Colégio Eleitoral.
A Emenda Dante de Oliveira que previa o voto direto foi derrotado pela ausência de 22 votos. A proposta de emenda tramitou em quatro sessões da Câmara dos Deputados, entre os dias 18 e 25 de abril de 1984, quando foi rejeitada por não conseguir a quantidade mínima de votos (320 votos dos 479 congressistas). Os votos a favor da emenda foram 298, contra 65 contrários, 3 abstenções e 113 ausências.
Sendo assim, e postos os candidatos, em 15 de janeiro o Colégio Eleitoral elege Tancredo Neves (PMDB) com 480 votos, presidente do Brasil. Concorria também Paulo Maluf (PDS) que obteve 180 votos. A campanha de Tancredo Neves teve suporte da “Aliança Democrática”, um pacto promovido entre vários partidos políticos.
Teve fim o governo João Figueiredo, mas Tancredo não assumiria. Um dia antes da posse que foi 15 de março o presidente eleito foi internado com apendicite e não saiu vivo do hospital. Morreu no dia 21 de abril. Assume a presidência, o vice José Sarney que havia saído do PDS por conflito com o então presidente militar Figueiredo.
O dia 15 de janeiro de 1985 ainda que com eleições indiretas marca o início da democratização no Brasil.
