Acredite se Quiser

– A sessão da Câmara Municipal de Resende do dia 3 foi palco de uma nova discussão sobre autoria de projetos de lei. Depois de Carlos Augusto de Lima, o Barra Mansa (Solidariedade) x Carlos Santa Rita (PSDB) na semana passada, desta vez o embate foi entre a bancada “rural” da Casa, Joaquim Romério (PMDB) x Soraia Balieiro (PSB). Romério fez uma indicação ao Governo do Estado para asfaltar o trecho de Falcão a Fumaça. Soraia afirmou que já tinha feito a mesma indicação ao Executivo municipal, mas descrevendo o trecho como Estrada do Rabelo. Romério afirmou que não iria retirar a indicação e ainda reclamou sobre uma escola na área rural de Resende. Ele teria levado o prefeito ao local, demonstrando a necessidade de fazer a obra da instituição, mas ao ser inaugurada ela teria sido descrita como obra de Soraia. “Quando a escola foi inaugurada você foi ao Facebook e disse que você que fez, mas não foi”, desabafou o peemedebista. Soraia tentou se explicar, dizendo que na época era secretária de Educação e que a comunicação da prefeitura é que havia preparado o material delegando os louros da obra a ela. Por fim, o impasse foi resolvido pelo departamento jurídico na Câmara, que explicou que como cada indicação havia sido feita a um órgão, elas poderiam ser consideradas diferentes e, por isso, ambas seriam mantidas. Não é pra rir não, gente!

– A região, aliás, foi assunto de debates, principalmente devido ao acidente com um ônibus da Viação São Miguel (ver fotolegenda na página 12). José Olímpio (PCdoB) tentou emplacar a indicação de a prefeitura criar uma nova agência reguladora para fiscalizar a concessão da São Miguel. Ele explicou que, diversas vezes os vereadores convidaram a empresa para prestar esclarecimentos na Casa, sempre sem sucesso e que, por isso, haveria necessidade de criar a agência. Pedro Paulo Florenzano (PP) sugeriu que, ao invés da agência, se criasse um setor dentro do Sutram, para eliminar a burocracia.

– O assunto prosseguiu com a discussão sobre as pontes da área rural de Resende. Silvio da Fonseca, o Tivo (Solidariedade), revelou que a perícia indicou que o ônibus estava a 20 Km/h, mostrando que o acidente foi causado pela chuva e pelo mau estado de conservação da ponte sobre o Rio Pedra Selada, onde ele passava no momento do acidente. “Não é questão de estar acostumado com a estrada. Dirijo por aqueles cantos desde os meus 18 anos e ainda sinto dificuldades. Você passa e a ponte levanta as madeiras”, declarou. Santa Rita entrou com uma indicação para que as pontes fossem substituídas por outras de concreto e Barra Mansa também fez uma indicação para que, enquanto as pontes ainda fossem de madeira, passassem ao menos por manutenção.

– O outro assunto discutido no dia foi a questão trabalhista em Resende. Jeremias Casemiro, o Mirim (Solidariedade) falou que a Peugeot demitiu 650 funcionários e a Man Latin America outros 200. Ele acrescentou que as empresas da região são as únicas em que os trabalhadores estão trabalhando 44 horas semanais com horas extras. Com isso, eles fazem estoque e com os pátios lotados e sem vender, as empresas se vêem obrigadas a demitir. “Nós temos condições de reduzir isso apenas reduzindo a carga horária semanal, mas temos um sindicato frouxo, que depende do patrão e não do empregado”, avaliou o vereador, que tem uma briga pública com a atual gestão do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense.

– Agora, o que tem sido tititi não apenas na Câmara, mas também nos corredores da Prefeitura é a nomeação do assessor do vereador Stênio Aguiar Cunha do partido Solidariedade, como “consultor especial” da Secretaria Municipal de Governo. O assessor do vereador, Aruanan Rubinelli Fonseca Arruda, agora é CC símbolo CSC, um dos maiores salários dos cargos comissionados do governo Rechuan. Por isso, ouve-se de cá e de lá nos corredores: “viu o que fez o vereador desistir das denúncias que alardeou com tanta ênfase ano passado?” “Viu? Viu?” Às vezes o povo exagera… às vezes.

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