
Dia 17 de agosto é considerado o Dia do Pão de Queijo no Brasil. A iguaria, oriunda da América do Sul, é muito apreciada no país. Embora não haja registro de local e época exata de sua criação, há consenso de que a forma brasileira tenha sido criada em Minas Gerais em meados do Século XVIII. É semelhante à chipa, receita criada pelas missões jesuíticas, com influências indígena e europeia, que é típica de países como Paraguai e Argentina.
O pão de queijo, assim denominado, surgiu em Minas Gerais por volta do ano de 1750. Nesta época a agropecuária do estado começou a se especializar na produção de leite e de seus derivados. Por sua distância geográfica da costa, o estado de Minas Gerais consumia pouca farinha, que era importada, mas tinha ampla produção de mandioca, raiz nativa do continente e matéria-prima do polvilho.
Os primeiros pães de queijo eram obtidos misturando-se aparas endurecidas (ou a “grosa”) das rodelas de queijo com o polvilho. Ovos e leite, itens também abundantes na região, foram posteriormente acrescentados para incrementar textura e sabor.
Apesar de ser denominado como “pão”, o pão de queijo consiste basicamente em um tipo de biscoito de polvilho azedo ou doce acrescido de ovos, sal, óleo vegetal e queijo, de consistência macia e elástica, existindo pequenas variações. Há várias receitas diferentes, onde os ingredientes e o tipo do queijo variam muito – bem como o resultado final.
Algumas usam polvilho doce, outras o azedo, ou mesmo ambos. Mas o que dá a sua principal característica é o fato de ser feito à base de polvilho de mandioca e algum tipo de queijo. A gordura – banha de porco, óleo vegetal, manteiga ou margarina – funciona como um lubrificante molecular, contribuindo para a textura elástica da massa. Já o ovo contribui com a cor e seu sabor.
O tipo de queijo varia de acordo com a preferência ou disponibilidade, dando prioridade aos de sabor mais forte, como os curados. Os mais utilizados são o canastra, a mussarela, o parmesão e o minas frescal. O queijo dá o sabor típico do pão de queijo, daí seu nome.
Existe também o pão de queijo escaldado, técnica de preparo que exige utilizar água fervente, às vezes misturada com óleo vegetal no polvilho. O pão de queijo escaldado tem um sabor mais próximo do natural, já que no processo de escaldamento a massa fica pré cozida. Algumas receitas usam batata.
Em outros países como Paraguai, Uruguai e Argentina, existe uma iguaria conhecida como “chipa” (nome também utilizado no estado do Mato Grosso do Sul), cuja diferença para o pão de queijo é seu formato em “U”. Na Colômbia, um produto muito similar ao pão de queijo, exceto pelo formato mais tradicional (achatado), é o “pandebono”.
Assim como o pão de queijo, o pandebono possui textura esponjosa, de baixa densidade, e que endurece em pouco tempo, características que se atribuem ao polvilho azedo, conhecido no país como almidón de yuca fermentado e que é obtido em um processo idêntico ao empregado no Brasil.
No Equador, existe o “pan de yuca”, que se assemelha ao pão de queijo brasileiro, na textura, formato e sabor. Já na Bolívia se consome o cuñapé.
Fonte: Wikipédia