Há 198 anos morria Frei Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei Caneca. Um dos nomes da Revolução Pernambucana e Confederação do Equador, Frei Caneca acabou morto junto com outros confederados. A princípio seria enforcado, mas três carrascos se recusaram a executá-lo e então foi morto a tiros. Seu corpo foi deixado num caixão de pinho em frente ao um convento e há registros de que padres sepultaram o corpo em local não identificado.
Antes e depois da sentença, muitas pessoas tentaram impedir sua morte. Frei Caneca era considerado um dos líderes dos movimentos separatistas de Pernambuco. Além de questionar a monarquia, os líderes demonstravam grande insatisfação ao ver parte das riquezas da então capitania ir para a Corte.
O movimento recusava o indicado de D. Pedro I para administrar a província e com isso mais um levante, em 2 de julho de 1824, declara a independência de Pernambuco. A ideia era estimular outras províncias a fazerem o mesmo. Esse movimento recebeu o nome de Confederação do Equador.
O levante durou pouco tempo. Logo começaram as perseguições, prisões e execuções políticas. Para conter o levante, D. Pedro tentou acabar com os revoltosos, condenando-os. Pouco tempo depois os republicanos liberais pernambucanos foram derrotados e seus líderes foram assassinados ou presos. Frei Caneca, frei carmelita morreu acusado de “crime de lesa majestade” aos 46 anos.
Até hoje existe um mistério sobre seus restos mortais. A princípio acredita-se que foi sepultado sob o solo da Igreja de Nossa Senhora do Terço, no bairro de São José, perto do local de sua execução. Em 2017, um grupo de arqueólogos tentou encontrar as vestes de Frei Caneca num trabalho de escavação do piso, mas o trabalho não apresentou resultados.
Fontes: Infoescola e G1
