No Dia de Hoje – 9 de junho

Anchieta contribuiu para a introdução do cristianismo no Brasil (Foto: Benedito Calixto de Jesus/Acervo do Museu Paulista da USP)

No dia 9 de junho de 1597, morria o padre jesuíta José de Anchieta. Fez parte da Companhia de Jesus no Reino de Portugal, ficando ao seu serviço, e é um dos fundadores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Além disso, foi o primeiro dramaturgo, o primeiro gramático e o primeiro poeta nascido nas Ilhas Canárias.

No Brasil, foi o autor da primeira gramática da língua tupi e um dos primeiros autores da literatura brasileira, para a qual compôs inúmeras peças teatrais e poemas de teor religioso e uma epopeia.

Considerado santo pela Igreja Católica, foi beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II e canonizado em 2014 pelo papa Francisco. É conhecido como o Apóstolo do Brasil, por ter sido um dos pioneiros na introdução do cristianismo no país. Em abril de 2015 foi declarado co-padroeiro do Brasil na 53ª Assembleia Geral da CNBB.

É o patrono da cadeira de número um da Academia Brasileira de Música.Em 2010 seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos heróis nacionais do Brasil depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. Também foi declarado padroeiro dos catequistas, em 2014.

Nascido em San Cristóbal de La Laguna, nas Ilhas Canárias, Anchieta viveu com a família até os 14 anos, quando se mudou para Coimbra, em Portugal, a fim de estudar filosofia no Real Colégio das Artes e Humanidades, anexo à Universidade de Coimbra.

A ascendência judaica foi determinante para que o enviassem para estudar em Portugal, uma vez que na Espanha, à época, a Inquisição era mais rigorosa. Ingressou na Companhia de Jesus em 1º de Maio de 1551 como noviço.

Chegou ao Brasil após chegar em Salvador, na Capitania da Baía de Todos os Santos a 13 de Julho de 1553, com menos de 20 anos e vindo na armada do segundo governador-geral do Brasil, Dom Duarte da Costa com outros seis companheiros. Anchieta ficou menos de três meses em Salvador, partindo para a Capitania de São Vicente no princípio de outubro, com o padre jesuíta Leonardo Nunes, onde conheceria Manuel da Nóbrega e permaneceria por doze anos.

Anchieta abriu os caminhos do sertão, aprendendo a língua tupi, catequizando e ensinando latim aos índios. Escreveu a primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a “Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil”, que foi publicada em Coimbra em 1595.

No seguimento da sua ação missionária, a pedido de Manuel da Nóbrega, que lhe solicitou uma peça teatral para o Natal mais adequada à realidade local, criou uma primeira versão “Da Pregação Universal” e que foi apresentada na aldeia de Piratininga. Em São Vicente, apresenta pela primeira vez o Presépio aos índios e filhos de colonos, fins do ano de 1553.

Igualmente participou da fundação, no planalto de Piratininga, do Colégio de São Paulo, um colégio de jesuítas do qual foi regente, embrião da cidade de São Paulo, junto com outros padres da Companhia, em 25 de janeiro de 1554, recebendo este nome por ser a data em que se comemora a conversão do Apóstolo São Paulo.

Posteriormente, lutou contra os franceses estabelecidos na França Antártica na baía da Guanabara; foi companheiro de Estácio de Sá, a quem assistiu em seus últimos momentos (1567). Em 1566, foi enviado à Capitania da Bahia com o encargo de informar ao governador Mem de Sá do andamento da guerra contra os franceses, possibilitando o envio de reforços portugueses ao Rio de Janeiro. Por esta época, foi ordenado sacerdote aos 32 anos.

Em 1569, fundou a povoação de Reritiba (ou Iriritiba), atual Anchieta, no Espírito Santo, onde morreu dois anos após deixar de todas as funções que exercia na Companhia de Jesus no Brail, em 1597, sendo sepultado em Vitória.

Fonte: Wikipédia

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