No Dia de Hoje – 27 de maio

Sargento (à direita) ao lado do cantor Criolo, em Campinas/SP (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campinas)

No dia 27 de maio de 2021, morria o cantor e compositor Nelson Sargento, nome artístico de Nelson Mattos. Nascido no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1924, morou no Morro da Mangueira desde os 12 anos de idade e notabilizou-se como um dos mais importantes sambistas da Estação Primeira de Mangueira, do qual integrou e presidiu a ala de compositores da escola, bem como se tornou presidente de honra.

O apelido artístico “Sargento” aludia à patente que alcançou por ter servido no Exército Brasileiro na segunda metade dos anos 1940. Ganhou notabilidade como cantor no Zicartola e, pouco depois, como integrante dos conjuntos A Voz do Morro e Os Cinco Crioulos na década de 1960. Mas somente em 1979, aos 55 anos, o compositor gravou seu primeiro álbum solo. Ao longo da sua vida, o sambista compôs mais de 400 composições.

Além do reconhecimento como sambista, Nelson também foi artista plástico e poeta. Após pintar o apartamento do jornalista Sérgio Cabral, o sambista foi estimulado a expor sete quadros de sua fase abstrata em 1973. Também teve 14 obras expostas no Espaço Favela na edição do festival Rock in Rio de 2019. Como escritor, teve lançado os livros “Prisioneiro do mundo”, em 1994, e Pensamentos, em 2005. Ainda fez participações em filmes como O Primeiro Dia”, de Walter Salles e Daniela Thomas, “Orfeu” de Cacá Diegues, além de ter sido tema do documentário “Nelson Sargento da Mangueira”, de Estevão Ciavatta.

Nelson Sargento foi casado com Evonete Belizario Mattos. O casal criou ao todo nove filhos, sendo seis biológicos – Fernando, José Geraldo, Marcos, Léo, Ricardo e Ronaldo – e mais três adotados – Rosemere, Rosemar e Rosana. Além do amor pela Mangueira, Nelson era torcedor do Vasco da Gama.

Sargento morreu após ser internado no Instituto Nacional de Câncer – órgão que frequentava desde 2005 quando recebeu tratamento por câncer de próstata – com desidratação e anorexia, além de testar positivo para Covid-19, apesar de Nelson ter tomado as duas doses da vacina CoronaVac entre janeiro e fevereiro deste ano. O quadro clínico do compositor piorou até que ele veio a falecer em 27 de maio de 2021, aos 96 anos de idade. Em sua homenagem, o Terreirão do Samba, localizado na Praça Onze, foi batizado com o seu nome.

Fonte: Wikipédia

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