No Dia de Hoje – 23 de maio

Casal Bonnie e Clyde estiveram entre os bandidos mais procurados na década de 1930 nos Estados Unidos (Foto: Divulgação/Divisão de Gravuras e Fotografias da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos)

No dia 23 de maio de 1934, foram mortos pela polícia dos Estados Unidos o casal Bonnie Elizabeth Parker e Clyde Chestnut Barrow, famosos por cometerem crimes viajando pela região central daquele país, com sua gangue, durante a Grande Depressão, roubando e matando pessoas quando encurralados ou confrontados. Suas façanhas atraíram a atenção do público durante a “Era dos Inimigos Públicos”, entre 1931 e 1936.

Embora conhecidos hoje por seus mais de uma dúzia de assaltos a bancos, a dupla roubava com mais frequência pequenas lojas ou postos de gasolina rurais. Acredita-se que a gangue tenha matado pelo menos nove policiais e inúmeros civis. O casal acabou sendo emboscado e morto por policiais perto de Sailes, Paróquia de Bienville, Louisiana. Suas façanhas foram revividas e cimentadas no folclore pop americano através do filme Bonnie and Clyde, de 1967, de Arthur Penn.

Mesmo durante a vida, a representação do casal na imprensa estava em desacordo com a dura realidade de sua vida na estrada, especialmente para Bonnie Parker. Apesar de estar presente em 100 ou mais crimes durante os dois anos em que foi companheira de Clyde, ela não era uma assassina que fumava charuto e se armava com metralhadoras, como representada nos jornais, cinejornais e revistas policiais da época.

Um membro de gangue, W. D. Jones, mais tarde disse que não se lembrava de tê-la visto atirar em um oficial de justiça, e o mito do charuto surgiu de uma foto instantânea de brincadeira encontrada pela polícia em um esconderijo abandonado, que foi enviada para a imprensa e publicada em todo o país. Apesar de Parker fumar cigarros Camel, ela nunca fez uso de charutos.

Bonnie teve uma infância pobre e difícil com a mãe e os dois irmãos, depois que seu pai morreu quando ela tinha quatro anos, provocando a mudança da família de sua cidade natal para Dallas, no mesmo estado do Texas.

Apesar da mais absoluta pobreza, ela era uma ótima aluna de inglês e redação e escrevia poemas de qualidade, inclusive vencendo com sua escola um concurso de literatura da liga de ensino do condado. Na adolescência, sua facilidade com a escrita a permitiu trabalhar escrevendo introduções de discursos para políticos locais. Descrita como uma jovem inteligente, de personalidade e força de vontade pelos que a conheceram, Bonnie era uma pequena loira de 1,50 m e 41 kg.

Seu talento para a poesia e a literatura ficou expresso em dois poemas que se tornaram famosos após sua morte, Suicide Sal e The Story of Bonnie and Clyde.

Bonnie casou-se em setembro de 1926, aos quinze anos, com Roy Thornton, um rapaz da área. Roy foi condenado a cinco anos de prisão por roubo e dali em diante ele e Bonnie nunca mais se viram, mas ela continuou usando aliança até o dia de sua morte. Em 1930, trabalhando como garçonete, ela conheceu o homem que mudaria seu destino, levando-a para uma vida de crimes e aventuras que a tornaria famosa no mundo todo por gerações — Clyde Barrow.

Nascido em uma família pobre de pequenos fazendeiros, desde cedo, Clyde começou seu envolvimento com a polícia e o crime. Aos 16 anos, foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando interpelado a respeito de um carro alugado em sua posse, que ele não havia devolvido à locadora no prazo. A segunda prisão, dessa vez junto ao irmão, Buck, foi por roubar perus de uma propriedade.

Mesmo conseguindo pequenos trabalhos entre 1927 e 1929, Clyde continuou praticando pequenos furtos em lojas de conveniência e roubando carros. Apesar de ser predominantemente reconhecido como assaltante de bancos, a preferência de Clyde era por pequenos roubos em postos de gasolina e lojas. Embora nunca citado o fato, Clyde também era um homem muito inteligente.

De acordo com o historiador John Neal Phillips, e ao contrario da errônea imagem fria de Clyde Barrow passada no clássico filme Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas, protagonizado por Warren Beatty, o objetivo de vida de Clyde não era ficar famoso e rico assaltando bancos, mas se vingar do sistema carcerário dos Estados Unidos pelos abusos que havia sofrido em suas prisões. Segundo Phillips, ele na verdade se sentia culpado pelas pessoas que assassinava.

Depois de conhecer Bonnie Parker em 1930, Clyde, Bonnie, Buck e Blanche (estes últimos irmãos de Clyde) montaram a quadrilha conhecida como Barrow Gang, que nos anos seguintes levaram o terror à população dos estados centrais dos EUA, assaltando e matando civis e policiais que se colocavam em seu caminho, até ser finalmente morto a tiros junto com Bonnie dentro do carro que dirigiam, em uma emboscada montada pela polícia em uma estrada deserta da Louisiana, em 23 de maio de 1934.

Fonte: Wikipédia

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