No Dia de Hoje – 23 de março

O personagem Raimundo Nonato, professor famoso por seu bordão “E o salário, ó!”, foi um dos mais famosos da carreira de Chico Anysio e rendeu homenagem de um de seus filhos na atualidade (Foto: Reprodução/TV Globo)

No dia 23 de março de 2012, morria no Rio de Janeiro o humorista Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido como Chico Anysio. Natural de Maranguape/CE, nasceu em 12 de abril de 1931, e também foi ator, radioator, produtor, locutor, roteirista, escritor, dublador, apresentador, compositor e pintor, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na TV Globo, emissora onde trabalhou por mais de 40 anos.

Dirigiu e atuou ao lado de importantes nomes do humor brasileiro no rádio e na televisão, como Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha, Walter D’Ávila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, José Vasconcellos e muitos outros. Com 63 anos de carreira, é considerado um dos mais geniais humoristas brasileiros, recebendo em 2009 a mais alta honraria da cultura no Brasil, a Ordem do Mérito Cultural.

Ainda criança, foi morar no Rio de Janeiro com a família após a empresa de ônibus de seu pai ter sido destruída em um incêndio. Chico tinha o objetivo de se tornar advogado, porém, sua habilidade natural para o humor e a necessidade de trabalhar o fizeram mudar de rumo. Aos 17 anos decidiu tentar fazer um teste para locutor e radioator na Rádio Guanabara e saiu-se excepcionalmente bem no teste para locutor, ficando em segundo lugar, somente atrás de outro jovem iniciante, por coincidência, o apresentador Silvio Santos.

Na rádio na qual trabalhava exercia várias funções, de radioator a comentarista de futebol. Participou do programa Papel Carbono de Renato Murce. Na década de 1950 trabalhou nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 1950, Chico passou a escrever diálogos e eventualmente atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.

Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959 estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções.

Desde 1968 esteve ligado à TV Globo, onde conseguiu o status de estrela num elenco que contava com os artistas mais famosos do Brasil, graças também à relação de mútua admiração e respeito que estabeleceu com o executivo Boni. Após a saída de Boni da Globo, em novembro de 1997, Chico paulatinamente perdia espaço na programação da emissora, situação agravada no mesmo ano por um acidente em que fraturou a mandíbula.

Chico também era conhecido como “mestre do humor” (José Cruz/Agência Brasil)

Anos antes, em entrevista concedida em 1989 para a revista Visão, já demonstrava sua insatisfação com a emissora que, segundo Chico, estava preferindo dar oportunidade aos mais jovens o deixando de lado. Em 2009, aos 77 anos, concede entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no qual afirma estar conformado com a “geladeira” (condição em que o artista é contratado pela emissora, mas fica sem trabalhar), admitia que sua situação era irreversível e que não sentia mais falta de apresentar programas humorísticos.

Ao longo de sua carreira, o humorista – além de interpretar vários personagens famosos em seus programas de humor, entre eles Salomé, Bento Carneiro, Justo Veríssimo, Coalhada, Professor Raimundo, dentre outros – fez participação em filmes, novelas e outros programas das emissoras por onde passou.

Morreu aos 80 anos, no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, por falência múltipla de órgãos. O velório aconteceu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que foi aberto ao público ao meio dia, onde se reuniram milhares de fãs, amigos e colegas de trabalho como Maurício Sherman, Glória Pires, André Lucas, Orlando Drummond e José Santa Cruz. Seu último pedido foi o de ser cremado; parte de suas cinzas foi enviada para Maranguape, sua cidade natal, e o resto para os estúdios do Globo.

Fonte: Wikipédia

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