No Dia de Hoje – 28 de fevereiro

No dia 28 de fevereiro de 1667 foi fundada a cidade de Paraty, município do litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Atualmente, possui uma população de 44.175 habitantes, representando uma densidade demográfica de 40,5 habitantes por quilômetro quadrado. O seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,693, segundo dados de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD (publicados em 2013), o que é considerado “mediano”.

Sua sede distrital está localizada ao nível do mar, em terreno localizado entre os rios Perequê Açu e Mateus Nunes, tendo sido projetada levando em conta o fluxo das marés. Como resultado, muitas das ruas do núcleo histórico colonial de Paraty são periodicamente inundadas pelo mar.

Em 5 de julho de 2019, uma porção do território no qual estão localizados o núcleo histórico colonial de Paraty e a Ilha Grande, em Angra dos Reis, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, por sua integração excepcional entre valores associados ao patrimônio cultural e ao natural; constituindo-se então, o primeiro sítio misto do Brasil.

Seu nome é originário, segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro do topônimo “Paraty”, a etimologia tupi antiga parati’y, com o significado de “rio dos paratis”, pela junção de parati (parati) e ‘y (rio). “Parati” é tanto uma espécie de peixe da família dos mugilídeos quanto uma variedade de mandioca. Em vez de Parati, a prefeitura municipal decidiu por usar a grafia Paraty, incorreta segundo a ortografia vigente, mas por tratar-se de nome próprio é aceitável. O gentílico, porém, escreve-se com “i”: seus habitantes são denominados paratienses.

No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram à região de Paraty, esta era habitada pela tribo tupi dos tamoios. Nos primeiros anos do século XVI, os portugueses já conheciam a trilha aberta pelos Guaianás (Trilha dos Goianás) ligando as praias de Paraty ao vale do Paraíba, para lá da Serra do Mar. O primeiro registro escrito sobre a região da atual Paraty é o livro do mercenário alemão Hans Staden, “História verdadeira e descrição de um país de selvagens…” (Marburgo, 1557), que narra a estadia deste por quase um ano em aldeias Tupinambás nas regiões de Paraty e de Angra dos Reis.

Embora alguns autores pretendam que a fundação de Paraty remonte à primeira metade do século XVI, quando da passagem da expedição de Martim Afonso de Sousa, a primeira notícia que se tem do povoado é a da passagem da expedição de Martim Correia de Sá, em 1597. À época, a região encontrava-se compreendida na Capitania de São Vicente.

O núcleo de povoamento europeu iniciou-se no morro situado à margem do rio Perequê-Açu (depois Morro da Vila Velha, atual Morro do Forte). A primeira construção de que se tem notícia é a de uma capela, sob a invocação de São Roque, então padroeiro da povoação, na encosta do morro. O aldeamento dos Guaianás localizava-se à beira-mar. Em 1636, Maria Jácome de Melo fez a doação de uma sesmaria na área situada entre os rios Perequê-açu e Patitiba (atual rio Mateus Nunes) para a instalação do povoado que crescia, com as condições de que os indígenas locais não fossem molestados e de que fosse erigida uma nova capela, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios. Essa sesmaria corresponde à região do atual Centro Histórico da cidade.

A partir de 1664 várias comunidades se registraram entre os moradores, visando tornar a povoação independente da vizinha Angra dos Reis, o que veio a ocorrer em 1670, como fruto da revolta liderada por Domingos Gonçalves de Abreu, vindo o povoado a ser alçado à categoria de vila. Este ato de comunidade foi reconhecido por Afonso V de Portugal, que, por Carta Régia de 28 de fevereiro de 1677 ratificou o ato dando-lhe o nome de “Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty”.

Nos dias de hoje, o ciclo do turismo, a cidade e o seu patrimônio foram preservados e reconhecidos como Patrimônio brasileiro, sendo o núcleo urbano colonial e seu conjunto arquitetônico acautelados pela legislação federal de proteção do patrimônio cultural – lei de tombamento, e redescobertos em 1964, com a reabertura da estrada que a ligava ao estado de São Paulo – a Paraty-Cunha -, vindo a constituir-se em um polo de atração turística. Desse modo, em 1958, o conjunto histórico de Paraty foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O movimento turístico intensificou-se com a abertura da Rio-Santos (BR-101) em 1973.

Em 2012, era o segundo polo turístico do estado do Rio de Janeiro e o 17º do país. O jornal The New York Times, destacou a cidade como destino cultural mais rico da Costa Verde na ocasião. A principal atração que projetou a cidade para o mundo é a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), realizada desde 2003, que conta com a presença de escritores nacionais e estrangeiros que participam de palestras e debates nos prédios históricos ou em tendas armadas nas ruas.

Foto: Vani Ribeiro/Reprodução

Fonte: Wikipédia

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.