
No dia 1º de março de 1565, foi fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, conhecida hoje como Rio de Janeiro. É a segunda maior metrópole do Brasil (depois de São Paulo), a sexta maior da América e a trigésima quinta do mundo. Sua população estimada pelo IBGE em 2021 era de 6.775.561 habitantes. Tem o epíteto de Cidade Maravilhosa e aquele que nela nasce é chamado de carioca.
Inicialmente habitada por várias tribos, à época da chegada dos portugueses tinha a presença dos tamoios, também conhecidos como tupinambás, que ocupavam a região ao redor da Baía de Guanabara no século XVI. A Guanabara foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1º de janeiro de 1502.
No entanto, em 1º de novembro de 1555, os franceses, capitaneados por Nicolas Durand de Villegagnon, apossaram-se da Baía, estabelecendo uma colônia na ilha de Sergipe (atual ilha de Villegagnon). Lá, ergueram o Forte Coligny, enquanto consolidavam alianças com os índios tupinambás locais. Enquanto isso, os portugueses se aliaram a um grupo indígena rival dos tupinambás, os temiminós e foi com o auxílio destes que atacaram e destruíram a colônia francesa em 1560. Os franceses só foram completamente expulsos da região pelos portugueses em 1567.
Dois anos antes da expulsão dos franceses, os portugueses, sob o comando de Estácio de Sá, acompanhado por um grupo de fundadores, desembarcaram num istmo entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, fundando, a 1º de março de 1565, a cidade.
A vitória de Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente.
Durante quase todo o século XVII, a cidade acenou com um desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30 mil habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o domínio colonial.
Essa importância tornou-se ainda maior com a exploração de jazidas de ouro em Minas Gerais, no século XVIII: a proximidade levou à consolidação da cidade como proeminente centro portuário e econômico. Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
A vinda da corte portuguesa, em 1808, marcaria profundamente a cidade, então convertida no centro de decisão do Império Português, debilitado com as guerras napoleônicas. Após a Abertura dos Portos, tornou-se um proeminente centro comercial. Nos primeiros decênios, foram criados diversos estabelecimentos de ensino, como a Academia Militar, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes, além da Biblioteca Nacional – com o maior acervo da América Latina – e o Jardim Botânico. O primeiro jornal impresso do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, entrou em circulação nesse período. Foi a única cidade no mundo a sediar um império europeu fora da Europa.
Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo transferiu-se para Brasília. Em 1891, passou a ser a capital do Distrito Federal do Brasil. Posteriormente, entre 1960 e 1975, o Rio de Janeiro fez parte do estado da Guanabara.
Nos primeiros anos do Século XX, a cidade do Rio de Janeiro cresceu, um tanto de maneira desordenada, dando início ao processo de favelização, o que não impediu a adoção de várias outras reformas urbanas e sanitárias que modificaram a imagem da então capital da República. Data desse período a abertura do Theatro Municipal e da Avenida Rio Branco, com os edifícios inspirados em elementos da Belle Époque parisiense, e a inauguração, em 1908, do Bondinho do Pão de Açúcar, um dos marcos da engenharia brasileira, em comemoração aos 100 anos da Abertura dos Portos.
Nos dias de hoje, essa favelização traz muitos problemas, sendo os mais graves relacionados à segurança pública, já que em muitas dessas comunidades existem grupos de criminosos como os narcotraficantes, em especial os da facção do Comando Vermelho, e os milicianos (que oferecem diversos tipos de “serviços”, cobrando pela segurança, vendendo água, botijões de gás e outros produtos, além de se inserirem no contexto do tráfico de drogas local).
Ainda assim, com o passar dos anos, o Rio foi ganhando notoriedade com a sua cultura carnavalesca de blocos e escolas de samba, estas últimas muito conhecidas internacionalmente, assim como a cultura musical (com destaque para a Bossa Nova, movimento que criou a canção “Garota de Ipanema”, que também exalta o nome do bairro citado na música). Em 1992, sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92, ou ECO-92 – a primeira conferência internacional de peso realizada após o fim da Guerra Fria, com a presença de delegações de 175 países.
Em 2007, foi sede dos Jogos Pan-Americanos, ocasião à qual realizou investimentos em estruturas esportivas (incluindo a construção do Estádio Nilton Santos) e nas áreas de transportes, segurança pública e infraestrutura urbana; e de sete jogos da Copa do Mundo de 2014. Ainda no âmbito esportivo, a cidade também sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 2016.
Fonte: Wikipédia


