No Dia de Hoje – 24 de fevereiro

Curto-circuito em letreiro de loja de departamentos foi a principal causa do incêndio (Foto: Reprodução/Internet)

No dia 24 de fevereiro de 1972, um incêndio atingiu as dependências do Edifício Andraus, um prédio comercial da capital paulista, localizado no distrito da República, esquina da avenida São João com a rua Pedro Américo. Possui 115 metros de altura e 32 andares, e sua construção foi finalizada no ano de 1962. Originalmente, o edifício se chamaria “Edifício 50”, por ser o quinquagésimo a ser erguido pela construtora Organização Construtora e Incoporadora Andraus (Ocian), mas esta acabou optando por mudar o nome, em homenagem a seu fundador.

O incêndio, que começou no período da tarde, deixou 16 mortos e 345 feridos. A causa foi uma sobrecarga no sistema elétrico. A companhia de luz da cidade já havia enviado cartas aos responsáveis pelo edifício, fazendo advertência sobre o excesso de carga elétrica no local e os perigos decorrentes. O fogo iniciou-se no segundo pavimento, com um curto-circuito nos cartazes de propaganda das Casas Pirani, e consumiu o prédio, que reunia escritórios empresariais, entre eles os das multinacionais Henkel e Siemens. Hoje recuperado, abriga repartições públicas e é ainda conhecido como “Prédio da Pirani”, por à época da tragédia abrigar em seus primeiros andares, térreo e subsolos uma popular loja hoje não mais em atividade.

Entre as vítimas fatais, dois executivos da Henkel: Paul Jürgen Pondorf, presidente da empresa, e Ottmar Flick. Também foi destruído seu escritório central. A maioria dos sobreviventes da tragédia, impossibilitados de utilizar as escadas de emergência, optaram por subir ao último pavimento do edifício, onde ficaram até que os bombeiros controlassem o fogo. Foram posteriormente resgatados de helicóptero pelo piloto Olendino de Souza.

Neste incêndio, mesmo com as 16 mortes, graças ao resgate aéreo, houve vários sobreviventes. No incêndio do Edifício Joelma, em 1974, houve 188 mortos, porque não tinha escadas de incêndio nem uma laje no último andar capaz de suportar o pouso de um helicóptero. Após o incêndio, Nilson Cazzarini, gerente-geral das Casas Pirani, foi julgado e condenado a dois anos de prisão.

O prédio foi reformado após o incêndio, ganhando parapeitos entre um andar e outro, portas corta-fogo, iluminação de emergência, escadas externas e brigada de incêndio treinada. A Sehab (Secretaria da Habitação) exigiu a revisão total da instalação elétrica de vários andares, removendo as extensões irregulares e o aquecimento excessivo dos disjuntores. Uma nova escada de emergência foi construída.

Em 2013, o especialista em prevenção de incêndios Sérgio Ceccarelli verificou que o edifício ainda tinha falhas quanto à proteção a incêndios, como falta de placas de indicação em hidrantes, extintores e saídas, além de portas corta-fogo abertas, permitindo a proliferação de fumaça.

Fonte: Wikipédia

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