Senhora editora,
Como todo mundo sabe (se não sabem vão passar a saber agora), eu sou usuário dos ônibus da São Miguel pois, como morador de Engenheiro Passos, escolho vir de ônibus. Pois bem, sexta passada estava no laranjão do Tom esperando meu buzão quando veio a passeata de protesto contra o aumento da passagem e do péssimo serviço prestado pela empresa. Quando digo que sou usuário de ônibus, me sinto um usuário de drogas kkkkk.
Pois bem, o que me chamou a atençaõ foram duas coisas: a primeira, a pouca quantidade de manifestantes, uns 50 gatos pingados, no máximo. A segunda é o fato de os principais beneficiados pelo protesto, o povo que sofre todos os dias com os ônibus, não estavam nem aí pro protesto, como se não fossem com eles o assunto. E ainda xingaram os manifestantes, pelo aborrecimento provocado naquela hora de ir embora para casa.
Em resumo, o povão não tá nem aí se o tomate está mais caro que a carne, que até cebola é contrabandeada, que a inflação estourou ou se ele agora vai ter que pagar mais 40 centavos por dia, R$ 9,60 por mês, e continuar anadando de ônibus cheio ou com poucos horários. E nossos bravos estudantes gritando pelo restabelecimento de um direito de quem nem tá aí.
Como se não fossem por eles essa luta.
José Leon
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
PELA VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES (AS) E FUNCIONÁRIOS (AS) DAS ESCOLAS DE RESENDE
A APMR (Associação dos Professores(as) e o SEPE vêm tornar público seu repúdio ao descaso com a educação nesta cidade. Resende é uma das cidades que mais enriqueceu nos últimos anos no Estado. O orçamento do município cresceu 53 milhões somente de 2012 para 2013. Mas para aonde está indo este dinheiro se o governo não valoriza seus profissionais da educação? O salário pago aos trabalhadores da educação em Resende está entre os mais baixos da região. Por isso, vários profissionais preferem trabalhar em outras cidades.
VOCÊ CONCORDA QUE UMA CIDADE TÃO RICA COMO RESENDE PAGUE TÃO MAL SEUS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS???
Uma remuneração JUSTA estimula os profissionais e favorece na qualidade. Esta é uma das formas de “DIVIDIR O BOLO” para toda população.
Nossas PERDAS SALARIAIS se acumulam, somando 63% nos últimos anos. Muitos funcionários das escolas recebem salário mínimo. As professoras das séries iniciais recebem de 700 a 813 reais.
Mas não é somente isso que ocorre com a educação em nosso município:
*As condições de trabalho estão precárias;
*Estamos correndo risco por falta de segurança;
* A merenda é terceirizada (empresas) e de qualidade duvidosa;
* Nosso Plano de Carreira é desrespeitado (reduziu de 10% para 3,5% um ganho que tínhamos, e ainda não reconhece o esforço de estudo dos professores);
* O espaço físico das escolas não atraem os alunos (as);
* Faltam bibliotecas;
* E por este início de ano tem faltado materiais essenciais de uso cotidiano como papel, caneta p/ quadros etc.
O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO???
A SOCIEDADE DE RESENDE, OS RESPONSÁVEIS, OS PAIS E MÃES DOS ALUNOS, OS PRÓPRIOS ALUNOS(AS) perdem quando são privados de uma política educacional realmente eficaz e de qualidade. Perde a cidade!!! Perdemos todos!!!
EDUCAÇÃO É INTERESSE DE TODOS. É DIREITO HUMANO, UNIVERSAL E FUNDAMENTAL!
VAMOS APOIAR A LUTA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE RESENDE!!!
Associação dos Professores Municipais de Resende (APMR) e Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE)
DIGA NÃO AO SAERJINHO E AO SAERJ!
O Prefeito Municipal de Resende, através da Secretaria Municipal de Educação, resolveu enfiar goela abaixo da REMEP as provas do SAERJ que são aplicadas na Rede Estadual de Educação. A nossa rede de ensino é totalmente independente da do Estado. Temos filosofia, conceito de educação, parâmetros curriculares, metodologias, projetos, avaliações, clientela, cultura, etc, totalmente diferenciadas. Os professores não foram consultados, nem ouvidos. Recebemos um CD contendo um currículo mínimo que deve ser desenvolvido nas salas de aula, como se isso, hoje, fosse suficiente para uma educação de qualidade. Não há uma política educacional, um plano de governo para a educação municipal. Eles estão aí, há 4 anos, e não disseram “pra que vieram” e o que pretendem para a Educação. Para o Prefeito interessa mostrar que “melhoramos no IDEB”. E daí? Estamos conseguindo formar, realmente, esses alunos que estão nas nossas escolas? Estamos transformando-os em cidadãos, críticos, com valores, ou estamos transformando-os, simplesmente, em peões de fábricas? Essa padronização de práticas pedagógicas, incluindo a venda de “pacotes” aos sistemas públicos de ensino já vem sendo combatida pelas entidades de classe e por todos que acreditam que para a educação de qualidade é de responsabilidade de todos e são contra a sua lógica da culpabilização e da competição que tem se instalado nas escolas estaduais. A Secretária Municipal e o Prefeito precisam conhecer a nossa história. Os erros são cometidos por eles quando assumem o governo e querem mudar o que deu e está dando certo. Precisam chamar aqueles profissionais que não têm medo de contrariá-los e ouvi-los, antes de tomar atitudes tão sem propósito, a não ser político-partidárias.
Senhor Prefeito, se o senhor tem compromissos políticos com o Governador, não meta a Educação Municipal de Resende nesses acordos. Deixe-nos a parte disso, por favor.
Queremos saber o que tem feito a Associação dos Professores de Resende e o SEPE. Estão encolhidos, não se posicionam, assim como os Professores que não falam nada, não gritam, não questionam. Que saudade da Presidente Mariléia, do Carlos Pedro e de outros que defendiam sem pestanejar a Educação Municipal de Resende.
Uma Professora Municipal Revoltada
LIXÕES! EXTINÇÃO A PARTIR DE 2014. FICÇÃO OU REALIDADE?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, promulgada em 2010, estabeleceu o ano de 2014 como limite para que um novo modelo de tratar os resíduos no Brasil fosse implantado. No entanto, hoje, o que se vê é que somente 14% dos Municípios brasileiros operam programas de coleta seletiva. Existem em torno de três mil depósitos a céu aberto sendo utilizados no território nacional. Em 2014 deverão todos estarem realizando a separação do lixo orgânico do lixo seco, todos os lixões deverão estar desativados e deverá haver a participação de cooperativas de catadores em favor da coleta seletiva.
A PNRS estabelece que todos os municípios devem elaborar seu Plano de Gestão dos Resíduos. Tal plano implica em obrigatoriedade da coleta seletiva, que devam ser implantadas unidades de triagem e tratamento do lixo, prevê também a construção de locais de disposição adequados. Muito há o que se fazer, no entanto, no andar atual da carruagem e com a disposição de fazer com que a gestão pública responda os ditames da lei teremos provavelmente em 2014 grande parte dos municípios em atraso na implementação desse novo modelo.
A lei, moderna e avançada ambientalmente, prevê que seja praticada a logística reversa, onde a indústria se torna responsável pela coleta, tratamento e disposição, se necessário, de todos os resíduos por ela gerados. Nessa complicada relação a indústria terá um custo que ainda não está contabilizado e certamente será repassado ao consumidor. Isso exige predisposição do setor, compromisso, envolvimento, capacitação e educação ambiental. Muitos segmentos empresariais já se reúnem para discutir essa temática e como implementá-la.
Vivemos a realidade de que somente a responsabilidade compartilhada, envolvendo poder público, setor privado e a sociedade permitirá que tal política venha a ser bem sucedida. Essa responsabilidade começa nas residências, onde deverá haver a separação do lixo orgânico do lixo seco; passando por quem vende o produto e pelo poder público, a quem cabe realizar a coleta seletiva, de modo que chequem às empresas que fabricam o produto e às que fornecem matéria-prima.
Desafio maior é mudar o comportamento da sociedade, o modo como se vê a questão do resíduo no Brasil. Tal atitude depende de amplo investimento em educação ambiental para todos os segmentos envolvidos no processo. Ter a exata noção das responsabilidades que cada um assume nesse circuito que a lei propõe.
Recente pesquisa do IPEA( Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra a preocupação do país com a reciclagem. Somente no setor de embalagens (de alumínio, metal, aço, papel, plástico e vidro) o potencial de reciclagem do Brasil é de R$ 8 bilhões, no entanto, só se estava reciclando apenas R$ 3 bilhões. Ou seja, R$ 5 bilhões estavam indo diretamente para o lixo. Essa atividade poderia estar sendo extremamente compensatória para o país.
Esperamos que a Política Pública venha seguida de uma gestão pública de qualidade, comprometida com o desenvolvimento sustentável do País. Que o Poder Público faça cumprir a Política Nacional de Educação Ambiental para que todos os cidadãos brasileiros venham a ser educados em todos os níveis de ensino sobre as questões ambientais e possa se envolver conscientemente nas políticas ambientais implementadas no Brasil.
Marco Flexa
Consultor Jurídico em legislação ambiental e Diretor do Instituto Agulhas Negras
Carta aberta a Assomar e a Visconde de Mauá
Acho que não preciso me apresentar a vocês da Assomar, mas pra quem ler essa carta, me apresento como um morador de Itatiaia com dois filhos pequenos. Morei no Poção de 7 m por 7 anos e agora moro no Vale do Pavão, com propriedade e comércio na região. Sou um dos protagonistas das violências que a Assomar produziu e acobertou há 10 meses na chegada de Visconde de Mauá, no município vizinho ao nosso. E caso essa entidade não se pronuncie publicamente, em seu blog e em cartas para a imprensa local (Rio Sul Net, Folha da Serra, A Montanha, jornal BEIRA-RIO e Sul Fluminense) sobre o ocorrido, irei publicar o rosto, nome e cargo na Assomar dos responsáveis por essa entidade. E não faço isso por mim, pois estou vivo e sobrevivi às ameaças, mas pelos meus e seus filhos.
(…)
Digamos que num evento qualquer, uma faixa da Escola da Maromba fosse usada para atingir a cabeça de alguém, ou usada para impedir a fuga de um carro na estrada para que pudessem jogar abacates no motorista (exemplo bem hipotético e absurdo, né?!!), eu como conselheiro escolar, iria debater com os outros membros do Conselho pra propor que a Escola da Maromba se manifestasse publicamente contra o uso de sua faixa para essas violências, isso no mínimo…
Caso a Escola não fizesse essa Mea Culpa, não se desculpasse publicamente, eu me retiraria do Conselho e faria eu pessoalmente a mea culpa, afirmando que não concordo com esses atos.
(…)
Deixo bem claro minha forma de ver a situação, pois os motivos do conflito já acabaram. Já que a população de Visconde de Mauá conseguiu a pavimentação da RJ-151 – só acho que o SER-RJ escolheu asfalto como revestimento, estamos trocando os buracos na estrada de terra pelos buracos no asfalto (cômico se não fosse trágico…), saímos do calor do momento e passados 10 meses reforço a minha postura anti-violência agregada ao fator de ser editor local pra fazer esse comunicado.
(…)
Veja bem, não tenho nada de pessoal contra os membros da Assomar, muito pelo contrário, fui próximo e tive relações comerciais com alguns, que já anunciaram seus comércios em meus jornais. Mas tenho filhos e se eu não lutar por essa medida, também me sentirei cúmplice de possíveis atos parecidos de violência que ocorram na região. Pois, com certeza os violentos sentem o prazer da impunidade deste caso.
(…)
Agora que estou lançando a Campanha por BLOQUETES e CICLOVIA no trecho entre Maringá e Escorregam, sei que posso ser vítima de ataques da Assomar novamente, já que esta faz isso com quem defende Bloquetes. Quero esquecer o passado, mas pra botar uma pedra em cima disso tudo, é necessário saber a opinião da entidade que quer representar a população local.
Rui Takeguma